A mãe fazia compras ao lado de uma farmácia. O filho de 7 anos a acompanhava. Ela demorou a se dar conta de que o filho estava no balcão da farmácia a falar com o atendente. Chegou a tempo de ouvi-lo.
- Moço, quero falar com a Dona Manipulação!
- Como? - perguntou o moço surpreso.
- A Dona Manipulação, ela não trabalha aqui?
O atendente resolveu dar trela para o garoto e ver aonde ele ia chegar.
- Não estou entendo...
A mãe já interferia:
- Filho, que é isso? Deixa o moço trabalhar! Você e essas idéias!
O menino insistia:
- Vai, moço, por favor, chame a Dona Manipulação. Preciso que ela me explique uma coisa.
- Que coisa, menino? Já não disse para deixar o moço em paz - dizia a mãe.
- É que... - insistia ainda o menino - ela só come de sábado e domingo e quero que ela me explique como ela ainda não morreu. Pobrezinha, mãe! Por que eles não dão mais comida para ela?
O atendente agora só observava a insistência do menino contra a impaciência da mãe e tinha um leve sorriso nos lábios, mas ainda queria ouvir a explicação do garoto.
- De onde você tirou essa idéia? Alguém que só come de sábado e domingo! Essa Dona, Dona...
- Manipulação, mãe!
- Tá, de onde você tirou isso?
- Dali, mãe, daquele anúncio: "informamos aos senhores clientes que a Manipulação almoça de sábado e domingo da 13h00 Ã s 14h00."
- Ai, meu filho! Cada uma que você me apronta! Isso não é uma pessoa!
- É o que então, mãe?
A mãe pediu desculpas ao atendente e saiu tentando explicar o que aquele o anúncio queria dizer.