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Artigos-->9. O PODER NAS MÃOS DO POVO — ADALBERTO -- 29/10/2002 - 08:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Você tem no bolso documento demonstrativo do valor do relacionamento humano, quando feito sob os auspícios da comunhão, da irmanação, do conhecimento mútuo das necessidades das pessoas: o dinheiro. É sagrado o dinheiro para a fixação de bens e distribuição das riquezas. Devagar vai o ser humano coordenando seus ganhos financeiros, de modo a favorecer o crescimento das populações, no sentido de operar, cada vez melhor, a transformação do trabalho em bens de capital, harmonizando a sociedade em torno de ideais comuns de bem-estar.



Essa sabedoria, no entanto, extravasa os limites meramente financeiros e se estende para a assistência médica, em auxílio ao restabelecimento da saúde, quando as pessoas se vêem afastadas por doenças adquiridas no estrito campo do desempenho profissional.



Mais ainda, vêem-se freqüentemente homens capazes e “honestos” buscando burlar o fisco, na tentativa de usufruírem os valores materiais mais altos, valores de poderes discutíveis e, muitas vezes, contraditórios com os avanços da própria civilização, que cada um aceita e ajuda a estabelecer e a manter. Vemos homens que se dizem afeitos ao trabalho tramarem contra os menos aquinhoados no poder de compra, porque recebem parcela ínfima dos bens coletivos, a despenharem do alto de suas posições, as quais deveriam ser de salvaguarda dos beneficiários da coletividade, a assaltarem, com desmesurada cobiça, os cofres públicos e particulares, almejando vida plena de benefícios materiais, cheia de promissoras vantagens terrenas e de ganhos mundanos, a dominarem abusivamente o poder, sem considerarem sequer as próprias mazelas, sem se aperceberem de que agem segundo as leis da selva, aquelas mesmas que de há muito a humanidade aprendeu a rejeitar, ao instituir premissas mais condizentes com as virtudes que se espera que cada qual adquira, para desenvolvimento de sua espiritualidade.



O ser humano, portanto, visando a bem coletivo, extrapolou em seus sentimentos e se agregou em grupos de extermínio das virtudes necessárias para a consecução de seus desígnios. Claro está que esse avanço chegou aos poucos, através da aplicação, nas ciências humanas, do produto dos ganhos que se fizeram, a partir do momento em que, da agricultura extrativa ou meramente desprovida de qualquer auxílio tecnológico, se passou a indústria incipiente, nos primórdios das civilizações modernas.



Estas considerações se fazem necessárias para que fique bem claro, no espírito do leitor, que o homem não se adaptou às novas realidades porque quisesse estar “de bem” com Deus, mas por interesses crescentes em se fixar no comando, explorando o trabalho dos operários e aprendizes, bem como sacrificando as famílias deles, na busca desenfreada do poder. Em harmonia com esses sentimentos de luxuriante prazer, foi desenvolvendo, paralelamente, ciência voltada para a facilitação dos eventos concernentes à produção de bens de consumo, sempre mais rápidos e melhor adaptados à indústria e ao comércio, no gerenciamento dos próprios recursos, na busca de novos mercados e no incentivo ao progresso mercadológico.



Atentos aos fatos em desenvolvimento, puderam os desencarnados ir insuflando, na mente humana, idéias de solidariedade e de distribuição de riquezas, de forma que se propiciassem a todos, as comodidades materiais que favorecessem, por seu turno, o desenvolvimento espiritual, através da capacitação universal da leitura e do acesso às bibliotecas e ao conhecimento das eternas verdades que os livros sagrados registram. Em parte se conseguiu esse intento, pois muitas igrejas se preocuparam com a evangelização, apesar de muito dependentes do poderio dos que detinham o governo e que, portanto, interessadamente, buscavam as riquezas que entre poucos se distribuíam.



Agora, entretanto, o quadro das diferenciações sociais se agrava, tendo em vista que pôde o homem progredir incessantemente nos campos científicos e tecnológicos e tão pouco no da assistência e na disseminação dos valores mais profundos. O dinheiro, veículo da distribuição das riquezas, tornou-se o meio mesmo de captação delas e recurso seguro de fixação de bens de capital, o que onera, sobremodo, o avanço da civilização. Países existem, entretanto, mais desenvolvidos nos aspectos da benemerência, que se encontra institucionalizada nos códigos de leis e na atitude pessoal que cada qual assume diante do semelhante, já que o desenvolvimento material se deu a par do avanço moral, equilibrando-se as conquistas em ambos os campos.



No Brasil, contudo, tal não se dá. Nem é preciso viajar pelo país todo, para que se possa sentir quão diferenciadas são as suas regiões: de um local de grandes recursos, dotado dos instrumentos mais sofisticados inventados pela genialidade de cérebros altamente intelectualizados, até paragens grosseiras, onde o bezerro bebe da mesma água barrenta que “enfeita” o corpo das criancinhas em transe de morte, pela ignorância geral que grassa nos espíritos animalizados pelo descaso dos que detêm as riquezas e o poder. São de lastimar casos como o do irmão que se viu compelido a sacrificar toda a família para obter punhado de comida, que mal chegou para alimentar-se durante um dia sequer.



Vemos, por outro lado, acontecer ferrenha disputa política, objetivando obter o poder maior da nação, em querelas mil, em promessas de grandes trabalhos. Jamais teve o homem brasileiro tanto poder de decisão no que respeita à escolha de seu governante. Se olharmos para trás, veremos que, a par do crescimento dos recursos de que antes falávamos, havia também predisposição para a manutenção do “status quo”. Tal fato acaba de escapar das mãos dos poderosos mandantes e dignitários da pátria. Sem que se apercebesse, grupo de políticos se deixou levar pela euforia da liberalidade que o poderio armado deixou escapar, por precisar ater-se a compromissos estabelecidos com outras nações, e pôde o Congresso Brasileiro reunir, em documento “mágico”, acervo de elementos infiltrados das legislações de países mais avançados, o que se deu sub-repticiamente, sem que se tivesse inteiro domínio da situação. Agora pode o homem comum “virar a mesa” e conseguir para si mandante mais generoso e de capacidade, que tenha o coração mais desvinculado dos ganhos do poderio econômico existente e mais afinado com os grupos de espíritos que pregam a paz através da distribuição das riquezas e da capacitação do homem comum de adquirir, em pouco tempo, os recursos necessários para sua sobrevivência e para seu desenvolvimento, quer do ponto de vista material, quer do estritamente moral e espiritual.



Caso se abstenha o povo de seu poder, evidentemente em detrimento do próprio desenvolvimento, teremos novamente de providenciar socorro para muitos que se encontram fisicamente perdidos em mundo de misérias e de desgraças. Sabemos, entretanto, que muitas forças do bem se juntaram para ajudar os mais ignorantes e mais necessitados a reunirem-se em grupos de meditação e de prece, em auxílio à decisão que mudará os destinos da nação. Graças a Deus, este trabalho está sendo realizado com muito empenho e está deixando rastro de muito júbilo, pois a aceitação dele é imensa e inumeráveis espíritos engajam esforços, no sentido de conscientizar a população de seu próprio poder. Como se pode notar, há males que vêm para bem, se soubermos administrar, com judiciosa ponderação, os elementos que se encontram à nossa disposição, bafejados pelo hálito da benemerência soprado pelo Senhor, para alegria e recuperação dos homens.



Mais tarde, teremos oportunidade de nos estendermos em considerações mais abrangentes a respeito do desenvolvimento humano, no aspecto de aceitação dos valores espirituais que estão sendo transmitidos através dos trabalhos mediúnicos. Agora, estamos registrando tão-somente aspectos sociais de benemerência.



Resumindo as idéias: os homens buscaram lã e saíram tosquiados, no bom sentido.



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