Tanto me deu a natureza,
Que me cabe ser agradecido,
Pelas vezes em que, comovido,
Permite-me contemplar toda a beleza
Que ela encerra.
Deu-me ela, o poder admirar,
Entre incrédulo e absorto,
Num tão só olhar do porto,
A fascinante imensidão do mar,
Ante a terra.
Fez-me sensível à música e à poesia,
Dando-me a perceber o encanto
Que, nelas, se encontra tanto,
Em magnífica harmonia,
A mais pura.
Oferta-me o brilho das estrelas,
Que, maior, não há no mundo,
Além de dar-me o amor profundo
Da mais brilhante de todas elas,
Minha Estrela de Ternura.
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