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Poesias-->Meninos -- 04/03/2000 - 17:05 (Popó Magalhães) |
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Alguma coisa grita no meu âmago,
Quer sair com uma bandeira branca...
O menino que há no meu ser quer paz...
Como a criança degolada da Bósnia,
Faltam& 61485.; me palavras para o desespero da sórdida guerra.
Deitada, anônima, olhos ainda brilhantes,
Não nota a luz do sol poente que vaza o frio vidro
da janela.;
A janela onde, do outro lado, a vida teima em existir...
Quem usou o punhal, foi um dia criança com os mesmos
sonhos...
A turba asquerosa, conspiradores da vida estão em
todos os pontos cardeais, são ricos ou pobres,
Mas sempre rapinantes, conscientes ou não de seus atos.
Meus pequenos irmãos são pretos, brancos, vermelhos e amarelos...
Morrem de fome, da falta de liberdade, de cola, de pó,
de fumo, de frio...
O rio cruza a cidade, a falsidade queima a inocência,
O menino grita!
A dor e o mal copulam no útero da vida, ejaculam
homicídios, cédulas e medo.
O único segredo é a verdade obstinada, não capciosa,
Que um dia cairá copiosa sobre todas as cabeças...
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