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cronicas-->Uma tarde de luz -- 28/09/2004 - 10:49 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA TARDE DE LUZ

A tarde foi maravilhosa num lugar maravilhoso... Um daqueles dias em que o sol se esparrama por tudo e faz a alegria assentar em cada canto.
No meu canto, feito esponja, fui absorvendo a energia do sol o máximo que podia, mesmo não estando exposta a ela. Só o fato de saber que ele brilhava lá fora e que sua luz passava por tudo, dava-me uma sensação boa de vida, ainda que eu não pudesse dizer com todas as letras que minha vida estivesse completamente boa.
Final de tarde... A piscina, que recebera sol durante todo o dia, era um convite para um mergulho. Não esperei muito para atender ao chamado.
Fomos para lá, minha amiga e eu. Uma água deliciosa! Mas o sol não mais estava presente. Da água podíamos olhar para o céu e perceber que ele estava escurecendo, prometendo uma boa pancada de chuva, quiçá com relàmpagos e trovões.
Decidimos nadar bastante, movimentar nossos corpos sob aquela água, tentando ganhar um pouco de tempo a mais antes de cair a chuva. Cada partezinha de nossos corpos se movimentava, num ritmo próprio, dançando no embalo da água. Valia mesmo era a música tão única e natural do contato corpo e água. Nesse instante, dei-me conta de uma sensação maravilhosa que me invadia. Disse à minha amiga:
- Acho que barriga de mãe deve ser como esta água. Tépida - eis a palavra!
Nadando, assim como eu, ela concordou com um sorriso gostoso, um sorriso de quem já esteve na barriga e de quem já carregou alguém na barriga. E eu retornei:
- Depois desta delícia, só um café com leite!
Continuamos nadando, certamente aproveitando os minutos finais daquele aconchego, uma vez que o céu ficava cada vez mais escuro e o perigo de permanecermos ali era grande. Mesmo sem querer, a sensação da água tépida remetia-me à barriga e, consequentemente, à minha mãe. Daí a vontade de tomar café com leite que, por causa dela, tem sabor de calor, de carinho, de cura para todos os males da alma que vêm com desculpas de serem do corpo: dor de cabeça, dor de barriga, dor nas costas, dor aqui, ali e acolá... Tudo isso ficava se movendo em mim como a água sob a qual eu me movia lentamente, saboreando o passado, presente na água, presente em mim, tão carente...
E foi justamente ao sair da piscina que veio à tona meu real sentimento:
- É... acho que estou carente hoje.
- Sempre temos alguma carência - sabiamente pontuou minha amiga.
Saímos porque não era mais hora de abusar. Já tínhamos tido nosso quinhão de maravilha por ali. Fomos, cada uma para um espaço, completar o fim de tarde com mais água: um delicioso banho.
Ali pensei em como temos motivo para agradecer a cada banho que podemos tomar. Ele faz a limpeza de nosso corpo e pode, se deixarmos, fazer a limpeza interior, também. Quer dizer, quando nos entregamos ao banho propriamente dito, sem ficarmos pensando na loucura que foi ou que será o dia, a água que corre por nosso corpo, nos traz relaxamento completo e esse relaxamento externo tem efeitos curativos internos. E eu me entreguei mesmo...
Terminado o delicioso banho que dá uma sensação de missão cumprida, dirigi-me à cozinha e eis que minha fada madrinha realizara meu pedido: uma mesa posta com café com leite e pão quentinho vindo do forno. Meu Deus! Naquele momento, era tudo que supria minha carência. Aquele mesa, posta com tanta boa vontade e carinho pela minha amiga, dizia-me:
- Você é querida e pode contar sempre com este calor!
Ah! Foi um imenso abraço na minha alma que sorriu como nunca...
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