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Poesias-->ASAS DE BRONZE -- 11/12/2007 - 00:26 (Joel Pereira de Sá) |
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Vi quando a felicidade voou pra bem longe
Com os olhos de lince e as asas de bronze
Com as mãos de falcão acenando pra mim
Perdi toda fecundidade que tinha meu corpo
Fez ficar bem mais frio o suor do meu rosto
Vi corvos no deserto num grande festim
Eu que nunca tive medo de ser assaltado
Sei que a sorte um dia vai ficar do meu lado
Pra pelo desamor não ser surpreendido
Deixei que as balas passassem do lado direito
As flechas do cupido erraram meu peito
E o meu coração não será mais ferido.
Corri por montanhas e vales pelo teu carinho
Um Aquiles sem asas, um Pégaso sem arminho
Não caí no abismo nem me congelei
Voltou com a meiguice que um dia cobrou o meu peito
Fez ficar mais macio o lençol do meu leito
coroado eu fui com as pompas de um rei
Então o destino só marca quando o desatino
Faz a meia-idade ser um belo menino
E as asas de bronze são cera, eu sei.
JOEL DE SÁ
11/12/2007. |
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