POEMA SEM NOME.
Deveríamos escrever
Na areia, os nossos sonhos
E esperanças
E assim, o mar com suas ondas
Em meio às brumas
Encarregar-se-ia do destino
Dos sonhos e das esperanças.
Escreveríamos poemas e versos
Sem medos de sermos lidos,
Pois na areia o instante é breve
E o mar os devoraria...
Não ficaríamos presos a nada,
Absolutamente nada!
O mar se encarregaria de levar
Por entre as ondas, palavras, frases
E mais palavras,
Ora retorcidas, como:
Amor proibido
Injúrias
Traições
Inverdades...
E ora, palavras e frases planas,
Palavras limpas, como:
Eu te amo
Você é lindo
O amor é belo...
E nesses vai-e-vens
De ondas espumantes
Os amores e amantes seriam
Palavras fragmentadas, indecifráveis...
Não teríamos necessidades
De álibis e nem documentos!
Getúlio Silva 16/11/2007.
|