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Contos-->Turno da meia-noite. -- 17/01/2007 - 20:34 (Paulo Marcio Bernardo da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Turno da meia-noite.


João Vicente era metalúrgico e residia em uma cidade próspera onde as indústrias empregavam grande parte da população. Ele trabalhava em uma multinacional automotiva, fazendo parte da equipe de produção que alternava o trabalho em turnos dos seus funcionários para não parar a produção.

Casado com Doralice, uma pernambucana de pouco mais de vinte e cinco anos, morena bonita, de olhos verdes e corpo escultural, que era cobiçada e olhada por onde andava desacompanhada e mesmo acompanhada do marido, que morria de ciúmes, pois sabia dos predicados da mulher.

Na cidade, as brincadeiras eram comuns com os empregados das indústrias que trabalhavam em turnos, pois diziam que no horário de meia-noite as sete horas da manhã as mulheres dos trabalhadores recebiam “visitinhas intimas” extras em suas casas.

Isso ainda deixava João Vicente mais inseguro, pois sabia das “cantadas” recebidas por sua Doralice.

Certo dia, Renato, um amigo bastante confiável de João Vicente, falou que ele ficasse atento com sua mulher, pois ouvia falar que ela poderia estar “pulando a cerca”. O rapaz ficou ainda mais enciumado e nervoso.

Dias mais tarde, o mesmo amigo chamou João para uma nova conversa e confessou:
- João Vicente, eu não queria lhe falar, mas a verdade é que presenciei várias vezes, nos dias que você vai trabalhar no horário noturno, sua mulher abrir a porta de sua casa para um outro homem entrar, por isso fique atento, afinal eu não quero ver o meu melhor amigo sendo traído.

- Agora eu tenho que tomar uma providência!
- Apesar de ser apaixonado pela mulher, João Vicente começou a procurar se era ou não verdade os comentários que o seu amigo fizera, e, constatou o caso.

Quando o marido saia para trabalhar ela recebia em sua casa “um tal Juarez”, proprietário de uma rede de supermercados da cidade. O romance já estava tão adiantado que o comerciante nem se preocupava em deixar o carro muito longe da casa.

Deixando de trabalhar e espreitando o casal, João Vicente ficou desesperado sem saber o que fazer. Mataria ela ou ele? Mataria os dois? Apenas se separava? A situação era mesmo difícil!

Apesar da indignação e revolta João Vicente resolveu de forma inusitada.

Arranjou um revolver 38 municiado, comprou um bloco de promissórias e armou a cilada. Fingiu sair para trabalhar como sempre fazia, despediu-se da esposa como se nada tivesse acontecendo e deu tempo suficiente para que Juarez chegasse e começasse o romance. Tudo deu certinho.

João Vicente ainda foi frio bastante para ouvir pelo lado de fora da janela os agrados do namoro. Cuidadosamente abriu a porta de casa sem fazer barulho, atravessou a sala, chegou até o quarto pegando a sua mulher Doralice e o comerciante Juarez em plena relação sexual.

Com revolver em punho, tremulo de raiva, mas sabendo o que estava fazendo, ele chamou a mulher de tudo que tinha vontade (p..., safada, sem vergonha e mais) e logo se dirigiu a Juarez com a seguinte abordagem.

- Seu filho de uma égua, bastava eu sair de casa para você entrar, agora você vai pagar por tudo que está fazendo, e ordenou:
Pegue seu talão de cheques
- E Juarez pegou.
Ele contou dezesseis folhas.
- Agora pegue a caneta preencha no valor de R$ 50.000,00 e assine um por um
- E diante da arma apontada para ele, Juarez assinou um por um.

- Não satisfeito, João Vicente pegou o bloco de promissórias e fez com que Juarez assinasse mais vinte promissórias com os mesmos valores.

De posse dos documentos João Vicente mandou que os dois se vestissem, ordenou que a mulher pegasse seus pertences e ameaçou Juarez, dizendo que se um só cheque voltasse ou se uma só promissória não fosse paga em dia, ele protestaria o documento e mataria os dois. Ainda concluiu: Agora você pode levar a Doralice, pois você acabou de comprá-la, e trate bem dela porque apesar de vadia ela é muito bonita.

O casal saiu pela porta da frente, ainda sob a pontaria do revolver trinta e oito e cheios de medo pegaram o carro e foram embora.

Resultado:
1)- Os cheques e as promissórias foram pagos com pontualidade.
2)- João Vicente com o dinheiro comprou uma grande padaria na cidade.
3)- Casou-se novamente com uma mulher cearense e muito bonita, teve dois filhos e Renato, seu amigo hoje é padrinho de um deles.
4)- Juarez e Doralice não ficaram juntos.
5)- Juarez continua na cidade e Doralice voltou para o interior de Pernambuco, ridicularizada e sem qualquer dinheiro.

17/01/2007
Paulo M.Bernardo

*Esse conto, assim como os nomes das personagens são fictícios, portanto casos iguais serão meras coincidências.






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