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Erotico-->O Fantasma -- 03/06/2004 - 18:12 (Isabel Fontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma noite sem lua, uma noite húmida entrecortada por aguaceiros e no entanto, dormia. No entanto ela respirava pesadamente pois sonhos profundos a atormentavam. Seriam sonhos? Talvez não pois ela estava profundamente a dormir e nesse estado não há sonhos não há nada.

Ou haveria?

O vento forte impulsionou-se contra a janela e fê-la bater com um estrondo. Ela acorda sobressaltada e de imediato um relâmpago rasga o céu, enchendo o quarto de sombras ameaçadoras e intrusas. Ela agarra com as duas mãos o lençol e escuda-se por detrás dele. Nos seus cabelos curtos notam-se algumas gotas de transpiração.

-Que susto – diz ela.
-Que dia para ficar em casa sozinha.
Mas sempre morou sozinha, sempre gostou de ser independente. Depender de alguém sempre lhe pareceu idiota e sem sentido, mas, neste preciso momento esquece todos os motivos que costuma gabar aos amigos e sente-se a criatura mais solitária no universo.

A tempestade amaina.

Com um suspiro ela deixa-se cair na cama.

Não usa roupa interior, e, o suor no corpo faz com que o lençol de seda se cole à pele. Não tem a energia dos 20 anos mas também não tem a sensatez dos 30. Muitos a achariam bonita mas sempre se guardou para alguém especial. Um Príncipe encantado. O mundo é-lhe tão estranho e frio.

Ela enrosca-se na almofada e deixa-se lentamente adormecer, sem perceber, com a ajuda da estranha quietude que invade o seu redor. Ela agora dormia.

Dormia e sonhava.

Não conseguia perceber o sonho mas sentia as sensações que começavam a assolar-lhe o corpo. Era como se mãos invisíveis a acariciassem, beijassem, massajassem... a seduzissem. O lençol desceu lentamente pela cama sem ela o perceber mas o seu sangue começava a ferver.

A respiração começou a se ofegante…

Sentiu algo quente por cima dela. Não era desagradável, pelo contrário, era uma sensação...boa. Os seus mamilos começavam a eriçarem-se de excitação e sentiu algo de húmido entre as pernas. Algo pegou num seio dela enquanto um língua molhada a lambeu no pescoço, a trincou.

Ela gemeu.

Ela abriu a boca para mais um gemido e sentiu-se penetrada nos lábios por uma língua quente e húmida, sôfrega. Não percebia o sabor mas ele a excitava, excitava-a muito. Enquanto isso ela começava a contorcer-se na cama pois as caricias começavam a ser deliciosamente insuportáveis. Os seus seios estavam hirtos e martelados de beijos, mordidelas e caricias e algo a começava a estimular. As suas pernas abriam-se lentamente enquanto as suas nádegas era afastadas ligeiramente ,dedos invisíveis a estimulavam no seu monte de prazer. Ela gemia de ânsia, chegava a dar pequenos gritos. Então ela sentiu-o. Algo grande, quente e viscoso tentava forçar a entrada na sua porta fechada. Na porta que só iria entrar o seu Príncipe Encantado. Um pensamento breve de pânico passou por ela mas num instante ela tinha sido penetrada e soltou um grito.

De dor, de surpresa... de prazer.

Era quente e tão suave e começava num lento vaivém, o que a estava a por em doida e ela agora só gritava.

Sentia-se assolada de sensações, dos seus mamilos que começavam a ficar doridos e o calor enorme que sentia vir das suas entranhas e que a faziam gritar, urrar e exclamar incitamentos:

-Mais rápido! Mais fundooo!! Simmmm!!

O ritmo aumentava e ela debatia-se cada vez mais sem notar que começa a levitar lentamente da cama e enquanto ela pairava a meia altura do quarto, o seu sorriso e olhos fechados indicavam o prazer que ela gozava enquanto aquele ser a penetrava e torturava de prazer. Cada investida sabia a mais. Sentiu chegar o clímax cada vez mais rápido. Ela tentou falar, dizer-lhe que não! Mais devagar! Mas era tarde demais pois numa ultima investida sentiu o orgasmo enquanto ele a preenchia e gritava de prazer. Um grito inumano e surreal.

Ela desmaiou.

Lentamente o corpo dela desceu à cama enquanto o lençol como se animado de vida a enroscava como se a protegesse. Os primeiros raios de sol despontavam no horizonte e a presença desvaneceu-se.

Acordou meio surpresa, meio dorida. Estava suada, os lençóis emaranhados no seu corpo outrora menina, agora mulher. Cheirava a... não podia ser enquanto corava ela afastou esse pensamento.

Teria um amante em sonhos?


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