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Artigos-->A fugaz Cecília Meirelles -- 25/10/2002 - 19:15 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou desses homens que choram, mas não é mais por qualquer coisa, Cecília me faz chorar, ela me ensina os segredos da alma feminina, fala direto ao meu coração, cada palavra dela provoca e alivia a minha dor, me faz me apaixonar e esquecer ao mesmo tempo.

Cecília se derrama em palavras,esparrama seus sentimentos , Cecília sabe dizer sim dizendo não, lendo suas palavras não sei onde começa o meu prazer de sentir o que é real e onde termina o meu anseio de sonhar.

As pessoas vão e suas melhores palavras ficam...

Com vocês a fugaz Cecília:









"Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."



Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.





LUA ADVERSA



Tenho fases, como a lua

Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,

tenho outras de ser sozinha.



Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrário

inventou para meu uso.



E roda a melancolia

seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém

(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu

não é dia de eu ser sua...

E, quando chega esse dia,

o outro desapareceu...







Cecília Meirelles

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