Amigos...
Meus ternos presentes, tão queridos.
Amigos que os céus me permitiram.
Quando a dor me emudeceu a alma,
Tive sorrisos, abraços, tive amigos.
Acredito que embora esquecidos,
Celestes criaturas nós amparam.
Velam atentas seja dia ou noite.
Zelam pelo menos pelo espírito.
Quando a dureza da vida lhe doer,
Fique atento a ternura de um sorriso.
Se tiveres a sensibilidade de enxergar,
Que tesouro maior há de encontrar?
O essencial é o tão pequeno gesto,
Doado, logo após do coração brotar.
Que cria laços que antes não havia,
Ou estavam nesta vida esquecidos?
Márcio Filgueiras de Amorim |