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Artigos-->Os Dedos de FHC -- 24/10/2002 - 12:07 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os Dedos de FHC

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Há uma frase, muito interessante, atribuída a Montesquieu que diz assim: “Aquele que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar””.



E eu completaria o pensamento dizendo que “Não basta escrever bem; é preciso ter o que dizer. Por isso, tentar denegrir a imagem de Lula, diante de sua pequena mutilação, é preconceito odioso, desespero dos que não aceitam a derrota.



Demonstra evidente intolerância para com as pessoas portadoras de deficiências físicas, de causas diversas; inclusive aquelas decorrentes de mutilações em função de acidentes no trabalho honesto, como é o caso do dedo mínimo do Lula. Trata-se, no meu entender, de indivíduos de pensamento cotó, que não aceitam o convívio pacífico com as diferenças, princípio basilar de qualquer democracia.



Refletem o analfabetismo e o terrorismo político. Praticados por aqueles que usam o indicador da intolerância para apontar o medo onde, a rigor, ele não existe.



Ainda bem que o nosso futuro presidente preservou os dedos mais importantes. Os dedos da humildade, da confiança no futuro, da honestidade e da vontade política de servir ao nosso país. Quatro dedos suficientes para, sob o comando do polegar, buscar a necessária sustentação aos propósitos do futuro presidente, que haverá de unir, num só aperto de mãos, todos os brasileiros dispostos a trabalhar pelo Brasil.



E por falar em dedo, é preciso lembrar os cinco dedos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Dedos que foram usados para indicar as prioridades de seu governo, durante a sua campanha. Dedos mentirosos. Ou defeituosos. Pois não cumpriram com suas promessas espalhadas aos quatro cantos deste país. A despeito , é bom que se diga, de centenas de outros dedos que manifestaram apoio aos seus projetos de governo, dedos das mãos da maioria parlamentar do Congresso Nacional.





No seu primeiro mandato, a população também o apoiava. Acreditava na franqueza de sua mão aberta. Nos seus dedos promissores. Nos dedos que seguravam o Plano Real. Até então passível de recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento econômico sustentável. Com justiça social e bem-estar para toda a população.



Mas o tempo mostrou que estávamos enganados. Ainda no seu primeiro mandato. O professor, que tudo prometera, passou a ter comportamento de aluno indisciplinado. Começou a andar em más companhias. E num dos recreios pelo pátio do Palácio da Alvorada, distraído e sonhador, foi mordido pela mosca azul. E acolheu a idéia de perpetuar-se no poder.



Daí para a frente, não se fez outra coisa: apostou todas as fichas na provação do instituto da reeleição. Instituto que, afinal, e sob suspeitas as mais variadas, acabou sendo aprovado. Prevaleceu o interesse do presidente, corroborado pelos interesses de prefeitos e governadores. Gente que, normalmente, não gosta de correr riscos. Tem medo da concorrência. Fazem de tudo para não desgrudar-se do poder.



E o resultado todos sabemos. O polegar, que daria sustentação aos planos do seu governo, passou a fazer manobras para empurrar o governo com a barriga. Optou-se por uma política econômica equivocada. De subserviência total ao capital estrangeiro e à agiotagem internacional.



O seu indicador mostra que Brasil tornou-se vulnerável. A décima economia mundial não conseguiu, ao término de oito anos, qualquer resultado significativo para o povo, de modo geral. Os índices sociais e econômicos são assustadores. Os juros situam-se em patamares insuportáveis. Amargamos o maior desemprego dos últimos cinqüenta anos. Cresceram a insegurança, o crime organizado, a violência, a corrupção e tantas outras mazelas.



Doenças tidas como eliminadas voltaram à cena, ceifando vítimas inocentes. Há um exercito de miseráveis em torno de 53 milhões de brasileiros, dos quais 22 milhões sobrevivem como indigentes. Abaixo da linha de pobreza. Cerca de 35 mil crianças, nos últimos sete anos, morreram de fome ou ficaram cegas por carências de vitamina.



Enquanto os bancos ganhavam rios de dinheiro. E o governo é visto, há tempos, fazendo uma única coisa: correr atrás de boatos e mexericos para conter a alta do dólar e diminuir os prejuízos com o pagamento do serviço da dívida.



O dedo mínimo do presidente, não serviu, sequer, para enxugar o seu ouvido. De modo a poder escutar o clamor dos trabalhadores e dos servidores públicos, no sentido de que fossem recompostos os seus parcos salários, defasados nestes oitos anos de governo.



Mas o que tivemos? Aumento de impostos; venda de quase todas as empresas públicas; dívida, em torno de mais de R$ 880 bilhões de reais; e ninguém sabe, até agora, o que foi feito com tanto dinheiro. Dinheiro nosso. Dinheiro do povo. Dinheiro dos eleitores.



Parece que o único dedo, ao final deste governo, que continua com seu significado popular, é o dedo médio do presidente. Que continua a ser mostrado para a população que acreditou nas promessas de novos rumos e futuro promissor. O futuro passou. E cá estamos nós às voltas com outra eleição. Não vamos jogar fora esta chance. Não vamos apostar no quinto dedo do Fernando Henrique, o dedo anular. Não vamos anular nosso voto. Vamos apostar no que restou de esperança para este país. Vamos apostar nos quatro dedos de LULA. Nos quatro anos de seu governo. Que promete inaugura uma nova era de prosperidade e de paz .



Domingos Oliveira Medeiros

24 de outubro de 2002





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