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Textos_Religiosos-->Repercussão da Conferência de Aparecida e outros assuntos -- 26/07/2007 - 14:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Repercussão da Conferência de Aparecida depende da acolhida de suas mensagens

Afirma o bispo de Jales (Brasil), Dom Demétrio Valentini

www.zenit.org

SÃO PAULO, quarta-feira, 25 de julho de 2007

Segundo um bispo brasileiro que foi delegado na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em maio no Santuário de Aparecida (Brasil), a repercussão desse grande evento eclesial vai depender da acolhida de suas mensagens.

«Sabemos que os acontecimentos eclesiais testam sua validade nem tanto por sua repercussão no momento em que se realizam, mas pela recepção que suscitam depois», afirma Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales (São Paulo), em artigo difundido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), essa terça-feira.

De acordo com o bispo, portanto, «Aparecida ainda não está garantida». «Sua repercussão vai depender de como vamos acolher suas mensagens, que nos chegam não só pelo texto, mas sobretudo pelo espírito com que foi realizada esta Conferência aos pés do Santuário de Maria».

Dom Demétrio lembra que, com a intenção de difundir as conclusões de Aparecida, a CNBB vai realizar em agosto um seminário. Também sua diocese, de Jales, aproveita a preparação de sua tradicional romaria (19 de agosto), para fazer dela um roteiro de acolhida de Aparecida, enfocando ao longo de três semanas diversos aspectos do rico legado da Quinta Conferência.

Segundo Dom Demétrio, o que «identifica os contornos verdadeiros» do documento de Aparecida --cuja tradução ao português esta a cargo da CNBB nestes momentos--, «é o clima de comunhão eclesial acontecido ao longo da Conferência, de abertura para o entendimento, de superação de preconceitos, de empenho pessoal, e de busca de maior autenticidade, ancorada no exemplo da Igreja Primitiva e na proposta do Evangelho».

Dom Demétrio destaca que «um aspecto muito importante» do documento de Aparecida «é perceber a serenidade e a convicção com que é citado» o Concílio Vaticano II, «para fundamentar as recomendações a propósito dos diversos assuntos contemplados pelo documento».

«Não se entende o empenho pastoral da Igreja da América Latina nas últimas décadas, sem o respaldo firme, e ainda indispensável, do Concílio», afirma o bispo.

«Mesmo sem fazer disto uma bandeira muito explícita, Aparecida traz em seu bojo uma clara reafirmação da validade do Concílio como referência ampla e segura para a caminhada da Igreja em nossos dias. Uma referência que precisa ser resgatada e reafirmada», destaca.


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Beleza do cristianismo – segundo Bento XVI

«Com os pés na terra e com os olhos no céu», responde

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 25 de julho de 2007

O segredo da beleza do cristianismo está em valorizar também as coisas humanas, inclusive os jogos, porque vivemos «com os pés na terra e com os olhos no céu», explica Bento XVI.

«Eu estaria contra a alternativa entre jogar o futebol ou estudar Sagrada Escritura ou Direito Canônico. Façamos as duas coisas», disse nesta terça-feira, em um encontro com 400 sacerdotes, perto de Lorenzago di Cadore, onde passa as férias.

Um dos presbíteros recordou com o Santo Padre a rigidez de seus superiores em tempos do seminário, que lhe repreendiam porque «eu gostaria mais de jogar futebol que fazer a adoração eucarística».

«Mas aproximar o homem de Deus e Deus do homem não passa sobretudo através do que chamamos ‘humanidade’, que é irrenunciável, inclusive para nós, os sacerdotes?», perguntou o presbítero ao pontífice.

«Não podemos viver sempre na alta meditação; talvez um santo no último degrau de seu caminho terrestre pode chegar a este ponto, mas normalmente vivemos com os pés na terra e os olhos no céu», explicou o bispo de Roma.

«O Senhor nos deu ambas coisas e, portanto, amar as coisas humanas, amar a beleza de sua terra, não é só muito humano, mas também muito cristão e precisamente católico.»

«Uma boa pastoral, realmente católica, leva em conta este aspecto»: «viver a humanidade e o humanismo do homem, todos os dons que o Senhor nos deu e que desenvolvemos e, ao mesmo tempo, não esquecer de Deus, pois no final a luz vem de Deus, e só d’Ele procede a luz que dá alegria a todos estes aspectos.»

«Portanto, eu gostaria de comprometer-me simplesmente na grande síntese católica»: «ser verdadeiramente homem».

Ou seja, declarou, cada um, «segundo seus dons e segundo seu carisma», deve «amar a terra e a beleza que o Senhor nos deu, e agradecer porque na terra resplandece a luz de Deus, que dá o esplendor e a beleza a todo o resto».

«Vivamos, neste sentido, a catolicidade com alegria. Esta seria minha resposta», reconheceu o Papa, suscitando o único aplauso do encontro.


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Arcebispo Amato: «O Papa recobra um retrato vivo de Jesus»

«Com freqüência ofuscado até ficar irreconhecível»

ARANJUEZ (MADRI), quarta-feira, 25 de julho de 2007 (

O secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Angelo Amato sdb., apresentou nesta terça-feira o livro de Bento XVI, «Jesus de Nazaré», no Curso de Verão sobre o pensamento do Papa, organizado pela Fundação Universidade Rey Juan Carlos, que está acontecendo durante esta semana em Aranjuez.

O arcebispo salesiano resumiu o trabalho do Papa como o de um «mineiro» que encontra uma pedra preciosa e consegue recobrar «um retrato vivo de Jesus, com freqüência ofuscado até ficar irreconhecível por mil hipóteses diferentes».

Dessa forma, convidou «a aproximar-se do livro, para lê-lo atentamente e a descobrir com estupor o rosto de Cristo que revela o Evangelho».

Dom Amato disse que o grande empenho de Bento XVI foi apresentar o «retrato verdadeiro», de Jesus Cristo, e acrescentou que o fez desde uma «reflexão sapiencial sobre Jesus, fruto da ciência, da experiência e, sobretudo, do amor».

O prelado indicou que se trata simplesmente de apresentar «Jesus de Nazaré, o Jesus dos Evangelhos e da Igreja», e não o Jesus dos diversos autores, o Jesus «que viveu sobre nossa terra, que se dá a conhecer como Filho de Deus já antes da Páscoa, o Jesus da história e da fé».

Neste contexto, Dom Amato disse que o Papa «cumpre uma indispensável obra de purificação e oxigenação da pesquisa contemporânea sobre Jesus».

O secretário da Congregação para a Doutrina da Fé disse que, ao contrário da melhor criatividade artística e das grandes apresentações literárias, como as de Dostoievski, Unamuno, Bernanos ou Papini -- que através de diferentes narrações falavam do mesmo Cristo --, «a busca contemporânea perde o rosto bíblico do Senhor, reduzindo-o a uma figura do passado» e reconhecendo n’Ele no máximo «um mestre de moral ou um revolucionário».

Dessa forma, e com relação ao que ocorre com outros personagens antigos, como Buda ou Maomé, Dom Amato denunciou, no caso de Cristo, a existência de um «ensinamento investigador que dissolve seu sentido e valor, colocando dúvidas sobre o que foi dito e feito por Jesus, e o que a Igreja transmitiu».

O prelado expôs algumas das chaves interpretativas errôneas, unidas todas pela «rejeição de fundo ao sobrenatural»: desde a racionalista à fantástica (onde se inventam inclusive personagens e fatos nunca narrados pelos Evangelhos), passando pela mítica ou a cética, até chegar à interpretação estética de Renan ou à interpretação liberal e modernista.

Não obstante, Dom Amato reconheceu também «outros enfoques não ideológicos», nos quais se dão «desenvolvimentos originais e positivos» que enfatizam ênfase tanto o «Jesus da história como do querigma».

O secretário do dicastério vaticano disse que nos Evangelhos há um «só protagonista: Jesus» e explicou o caráter de «gênero biográfico» dos Evangelhos, distante de tantas «biografias modernas».

Dom Amato disse que os Evangelhos são uma «biografia» de Jesus, mais que um testemunho da fé das primeiras comunidades cristãs, que se descreve sobretudo nos outros livros do Novo Testamento (Atos dos Apóstolos, Epístolas, Apocalipse).

Segundo o prelado, tanto a «validez histórica dos Evangelhos» como sua «qualidade biográfica» são uma base fundamental para toda a Cristologia, também a que Bento XVI desenvolve em «Jesus de Nazaré».

Neste contexto, o arcebispo disse que o empenho do Papa com esta obra é harmonizar «a história e a fé». Desde o ponto de vista metodológico, o Papa reconhece o valor das fontes bíblicas e harmoniza o Jesus da História e o Jesus da Fé, opondo-se também a um «fideísmo acrítico».

«A fides sem a história carece de fundamento, a história sem a fides é insuficiente para tratar da verdade de Deus em Cristo. Estes são os pilares da verdade do cristianismo: a salvação na história e na fé», sublinhou Dom Amato.

Com relação ao conteúdo do livro, o arcebispo disse que Bento XVI apresenta Jesus como o «novo Moisés», que contempla o rosto de Deus, e acrescentou que este contato «imediato» com o Pai é a «chave para uma reta compreensão de Jesus». Segundo Dom Amato, o livro do Papa oferece uma «síntese de Cristologia pré-pascal».

Finalmente, Dom Amato fez uma breve resenha dos capítulos do livro (Batismo; Tentações; Evangelho do Reino; Bem-aventuranças; Chamado aos 12 discípulos; Parábolas; Imagens joânicas relativas a Jesus; Confissão de Pedro e Transfiguração; e Títulos e afirmações que se atribui o próprio Jesus).


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São Tiago em Roma: «O pensamento de Jesus é claro: nada de hierarquia de poder»

O secretário do Conselho para a Pastoral da Saúde preside a missa para a comunidade espanhola

ROMA, quarta-feira, 25 de julho de 2007

«O discípulo de Jesus não deve assemelhar-se aos gestos de ambição dos poderes dos grandes deste mundo», alertou à comunidade espanhola o bispo que presidiu a missa na festa de São Tiago Apóstolo neste 25 de julho, em Roma.

«O caminho do Evangelho é serviço, como a vida de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir», recordou Dom José Luís Redrado, O.H., secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, na homilia da celebração eucarística celebrada na Igreja de São Tiago e Montserrat de Roma, no dia do santo padroeiro da Espanha.

O secretário do Conselho vaticano recordou que «o Senhor convida os apóstolos, a todos que têm um papel de serviço, a tirar as máscaras, a não atuar só por obrigação, e apresentar-se simples, pobres, vulneráveis, purificar nossos temores, não estar atados a seguranças humanas; é um convite a servir como ele serviu».

Citando os mártires e os santos, Dom Redrado sublinhou que «a Igreja os propõe para que os imitemos».

«São Tiago, nosso apóstolo, ajuda-nos, sim, a ver nossos defeitos, fraquezas, ambições, mas sobretudo a superá-los com a disponibilidade, com a abertura ao Espírito, com a fortaleza em meio às provas, com o zelo pela causa do Evangelho, com a vocação de serviço criativo, entusiasta, generoso, fiel», concluiu.


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Precisamos nos questionar saudavelmente sobre os aspectos profundos da vida, diz bispo

Dom Pedro José Conti, bispo de Macapá (Brasil), aborda exemplo de Marta e Maria

MACAPÁ, quarta-feira, 25 de julho de 2007

Ao recordar as palavras de Jesus a Marta, dizendo que sua irmã Maria havia escolhido «a melhor parte», um bispo brasileiro afirma que a agitação tem de começar de dentro, ou seja, «precisamos nos questionar, nos agitar saudavelmente pelos questionamentos profundos da nossa vida».

«Parece tão fácil: a contemplação, a oração, o silêncio atencioso, são a parte melhor. Porém continuam privilégio de poucos», afirma o bispo de Macapá (Brasil), Dom Pedro José Conti, em artigo difundido essa terça-feira pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Segundo o bispo, em um mundo cheio de problemas, não dá mesmo para ficar parados. «A resposta é a ação. Uma ação urgente», afirma.

Mas, segundo o bispo, «talvez fosse mais simples se nos convencêssemos de que a agitação depende de nós».

«A nossa agitação começa por dentro, não vem de fora. Precisamos nos questionar, nos agitar saudavelmente pelos questionamentos profundos da nossa vida.»

«Às inquietações interiores, espirituais, aos questionamentos sobre o sentido da nossa vida não se responde com outras agitações, mas com o silêncio, a reflexão, a oração», afirma.

Segundo Dom Pedro Conti, «também a ação, que necessariamente virá, será bem pensada, bem motivada, surgirá por uma decisão consciente do coração e não pela superficialidade de uma emoção evanescente».

«Por isso acredito, tranqüilamente, que Maria também estava agitada, mas com outro tipo de preocupação que não era a dos afazeres da casa.»

«Maria tinha uma fome e uma sede daquelas que não se satisfazem com os cardápios humanos --explica o bispo--. Nem com faixas, gritos e palavras de ordem. Nesse sentido ela escolheu a fonte melhor para satisfazer a sua fome e a sua sede de sentido da vida: o próprio Jesus. E nós, que corremos tanto, seria melhor se parássemos um pouco, aos pés do Mestre, claro.»


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Resolvendo conflitos nos campos de refugiados de Darfur

Ação conjunta da Cáritas e uma aliança internacional de Igrejas

NYALA, SUL DE DARFUR, quarta-feira, 25 de julho de 2007

Os conflitos por todo motivo são freqüentes nos campos de refugiados. Uma simples formação na resolução de conflitos pode evitar ou superar a maior parte deles, uma autêntica maneira de promover a reconciliação. É o que fazem Cáritas Internacional e a Aliança de Comunidades Cristãs ACT (Action by Churches Together International), na região em conflito de Darfur, Sudão.

«Nenhuma sociedade está livre de problemas», diz Ahmed, um jovem de um dos muitos campos de Darfur. «Estamos juntos neste campo, unidos por nossa situação, mas quando há um problema, as pessoas com freqüência se dividem em grupos baseados em sua origem.»

Com milhares de pessoas levadas à força desde suas casas a campos superpovoados, onde os recursos e as oportunidades escasseiam, as disputas se converteram em uma cena da vida cotidiana nos campos de desabrigados de Darfur.

O conflito de Darfur, no oeste do Sudão, acontece principalmente entre os yanyauid, um grupo de milicianos formados por membros das tribos dos abbala (criadores de camelos de etnia árabe) e os povos não-baggara, principalmente agricultores. Praticamente todos são de religião muçulmana.

Crê-se que mais de dois milhões de pessoas se viram desabrigadas de seus lares por causa do conflito, que deixou umas 400.000 vítimas.

«Há muitos problemas dentro do campo; problemas entre as famílias – normalmente entre o homem e a mulher, problemas entre um xeique e as pessoas de sua aldeia, disputas entre um comprador e um vendedor», reconhece Ali, xeique delegado dos xeiques no campo Dereig, onde se refugiam normalmente mais de 20.000 pessoas.

«Também, às vezes se dão mal-entendidos entre diferentes grupos. Se uma organização está servindo um setor do campo e outro setor próximo não recebe nada, isso pode provocar um conflito», explica Ahmed, de Mershing, onde há 50.000 pessoas vivendo em campos.

Contudo, com capacitação e a assistência de Cáritas Internacional, de Action by Churches Together International, e das Igrejas locais, vários grupos de xeiques, mulheres e jovens, estão recebendo ajudas para não se prenderem em barulhentos e por vezes perigosos conflitos em ocasiões por aspectos sem muita importância.

Foram criados comitês de resolução de conflitos e reconciliação (formados por jovens, mulheres ou xeiques) em cinco campos, no sul de Darfur: O Neem, Mershing, Dereig, Merir e Ta´asha.

«Desde que estabelecemos o comitê, atuamos para resolver muitos problemas no campo – diz Ahmed, membro do comitê de reconciliação juvenil de Mershing. Por exemplo, disputas entre marido e mulher, entre grupos e rapazes. Também integramos as equipes de futebol do campo com as da comunidade local.»

«Para resolver um conflito, a forma de criar reconciliação é mediar. Este é nosso papel», explica Babi, outro membro do comitê juvenil.

Salih, membro do comitê de resolução de conflitos dos xeiques do campo Derieg, explica: «Na capacitação, aprendemos como intervir para resolver um problema entre pessoas ou grupos, ouvimos ambas as partes, inicialmente por separado, e depois as duas partes juntas, com o comitê atuando como parte neutra para mediar entre eles. Isso possibilita a ambas partes falar de maneira que os mediadores possam determinar o modo de fazer a paz. Isso é também reconciliação».

Mas não se dão só conflitos dentro do campo. «Compartilhamos as bombas de água com a comunidade local, mas surgem problemas e eles nos insultam, dizendo que só lhes trouxemos problemas. Quando vamos buscar lenha, com freqüência homens armados nos ameaçam e atacam. Cada mês se assalta as mulheres e às vezes morrem assassinadas quando vão buscar lenha», informa Babi.

Os comitês são capazes de endereçar e resolver os conflitos fora dos campos?

Em Mershing, o comitê juvenil não pensa que seja possível. «Não temos autoridade para mediar com os de fora da comunidade; estão armados e nós somos pessoas comuns – explica Ahmed. Mas se eles abaixam as armas, há possibilidades. Os seres humanos podem fazer qualquer coisa juntos.»

O comitê de xeiques compartilha um ponto de vista similar. «Durante a capacitação, recebemos informação sobre os direitos -- direitos humanos, os direitos de mulheres e crianças --, pois como cidadãos temos direitos, somos iguais que os outros, em todos os níveis», afirma Ali.

«Mas estamos aqui nos campos porque há discriminação. Se houvesse igualdade e justiça, não estaríamos nos campos.»

Segundo o xeique Ali, é necessário que aconteçam três coisas. «Darfur não se estabilizará até que não as milícias não sejam desarmadas. Depois, é necessário o reconhecimento dos culpados, de maneira que possa haver reconciliação e perdão; e conversas, com a participação de todos os habitantes de Darfur e uma parte neutra no papel de mediador, para resolver a atual crise.»

Ali é otimista. «Podemos usar os métodos que aprendemos na capacitação para resolver qualquer problema. Temos de usá-los no futuro, de maneira que quando voltemos às nossas casas, possamos coexistir pacificamente de novo com nossos vizinhos. A capacitação nos fez ver que se há respeito pela opinião e respeito pela justiça, isso nos conduz a uma terra segura.»

ACT International é uma aliança global de Igrejas e agências relacionadas com elas que trabalha para salvar vidas e apoiar as comunidades em situações emergenciais em todo o mundo.

Cáritas Internacional é uma confederação de 162 organizações católicas de ajuda, desenvolvimento e serviço social, presentes em 200 países e territórios.


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Formatura de cem mulheres nas prisões de El Salvador

Graças a um programa da Cáritas

SAN SALVADOR, quarta-feira, 25 de julho de 2007

Dentro do programa que a Cáritas El Salvador vem desenvolvendo em diferentes prisões do país, celebrou-se na prisão de São Miguel a entrega de diplomas para as internas e os internos que participaram das oficinas vocacionais realizadas durante os últimos seis meses.

«De um total de 123 mulheres internas, em um só dia se formaram 100», explicaram membros da Cáritas salvadorenha. «Algumas culminaram sua formação como panificadoras, outras em corte e costura, etc. Também 119 homens finalizaram as oficinas de alfaiataria, soldadura e madeira.»

«Nunca pude estudar e nunca me formei em nada; mas agora me sinto feliz de ter este diploma», afirmou uma das recentes graduadas, que há cinco anos está reclusa na prisão.

«O diploma não só é um papel. Representa a aprendizagem, o esforço deles e nosso», agregou uma de suas companheiras, fazendo referência ao apoio recebido pela Cáritas e pelas autoridades do Centro Penal, que lhes permitiram desenvolver suas potencialidades através dos diferentes cursos ministrados.

Além de dar conhecimentos em diversos ofícios a quem se encontra preso, essas oficinas se convertem em fonte de renda para muitos deles. «Com o que ganho trabalhando aqui (na padaria dentro do centro penal), sustento minhas nove filhas», explicou uma mulher de 47 anos, que está detida há mais de nove.

«Vendemos o pão à mesma loja da prisão e então distribuímos os lucros e deixamos para continuar trabalhando e ministrando a oficina às companheiras. Ainda que esteja presa, sou uma pessoa muito útil e ainda que esteja trancada entre quatro paredes, pude chegar a realizar-me», afirmou no dia da formatura.


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Bispos da Bulgária satisfeitos pela libertação das enfermeiras búlgaras

Haviam sido condenadas à pena de morte na Líbia

SOFIA, quarta-feira, 25 de julho de 2007

Os bispos da Bulgária manifestaram sua satisfação pela libertação das cinco enfermeiras desse país e do médico palestino, nacionalizado búlgaro, condenados na Líbia, primeiro à morte e depois à prisão perpétua, acusados de infectar com o vírus da Aids 438 crianças da Líbia, das quais 56 faleceram.

O presidente da Conferência Episcopal da Bulgária, Dom Christo Proykov, bispo de Sofia, de rito bizantino, comentou a notícia exclamando: «Deus escutou as orações dos búlgaros».

Em declarações ao serviço de informação da Conferência Episcopal Italiana, SIR, reconhece: «Hoje, para os búlgaros, é um dia de Páscoa, pois a justiça ressuscitou. Foi uma belíssima surpresa a chegada de nossos compatriotas, pois não a esperávamos».

Segundo o prelado, o importante é «que tudo terminou bem, o mal foi vencido e penso que estas pessoas, que tanto sofreram, mantiveram o ânimo e se encontram em um estado decente, apesar dos horrores que padeceram».

«Foi belíssimo o que a União Européia tenha levado tão a sério o problema das enfermeiras búlgaras, pondo-se do lado da justiça. Obrigado também à França e a estas duas mulheres maravilhosas, a esposa do presidente da França, Cecília Sarkozy e a comissária européia de Relações Exteriores da Comissão Européia, Benita Ferrero-Waldner, que se entregaram a esta missão sem clamor.»

«O resto cabe à história, que julgará aqueles que fizeram essas pobres mulheres sofrerem tanto», conclui.



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