Um ano, um anel de douradas estações,
reinaugurações de pessoas e coisas que jovens fazem,
execuções que jovens fazem de outros e outras, terminações,
mas o canto é eterno, palavras nunca jazem.
Numa vida, quantos anos, quantos anéis,
quantas reinaugurações,
quantos foram os papéis,
quantas terminações?
E os anéis prosseguem,
vão e voltam, ora pálidos, ora cheios de fulgor;
que me reinaugurem, que me neguem,
os que são do meu mesmo teor.
Anéis dourados, cheios de energia,
girando em cada parte forte,
dando forma, beleza, saúde e alegria;
nataliciamente, redefinem meu norte.
Para Mnemosyne, um museu,
tumbas de não renováveis;
partituras para a lira de Orfeu,
necessárias em sonhos notáveis.
E que os anéis se reatem,
venham e voltem, ora pálidos, ora cheios de fulgor;
que me reinaugurem, não me matem,
os que são do meu mesmo teor.
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