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Poesias-->NOSTALGIA -- 30/10/2007 - 15:41 (SALETI HARTMANN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131103329923651100
Havia um tempo, na minha vida,

que era feito de ternuras

e da voz de meu pai.



Nesse tempo, que hoje é saudade,

havia o dobrar de um sino

que tocava de manhã, bem cedinho,

e de novo no fim da tarde.



Era um tempo diferente, na minha vida.



Eu não sabia por que tanto falava o meu pai.

Apenas escutava a sua voz, às vezes terna,

às vezes, agitada,

e fazia de conta que entendia

- como todos os filhos fazem de conta

que entendem os seus pais.



Era um tempo sereno, aquele.



Eu era criança, tinha um pai,

os cuidados de minha mãe,

e havia o som daquele sino

que tocava todos os dias,

de manhã e à tardinha.

Era bonito. Era reconfortante.

Dizia as horas? Tocava por tocar?

- Eu não sabia.



Mas um dia, meu pai falou com sua voz amiga,

que o sino anunciava a hora da Ave-Maria,

a hora do Ângelus.

Anunciava um momento de meditação,

de agradecimento pela vida.

- Um instante de espiritualidade,

lembrando-nos

que não estávamos sozinhos

na nossa caminhada.



Hoje, quando o dia amanhece

e quando chega a tardinha,

sinto uma certa nostalgia, quase uma dor.

Tudo está diferente.

Bem distante está a infância, o dobrar do sino

e a presença querida de meu pai.



Às vezes, sinto-me só...
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