Em todas as mulheres da minha vida,
Na capacidade de emanar
Um torpor inebriante,
De fulgor exuberante,
Que de suas pernas abertas escorria.
Em meu prazer penetrante
Por minha boca esfuziante
Ambos buscando sequiosamente.
Pelo orgasmo extasiante
Que de suas vulvas escorria.
Reconheço minha fraqueza
Ante o rio caudaloso ,
Que de suas entranhas fluía,
Deixei-me levar
Como naufrago do Prazer
Dependente deste escorrer
Para sentir-me em paz
E vivo.
Como macho insaciável,
Busquei entre tantos afluentes
Tantos que fiz contentes,
No caminho para o rio mãe,
Para o orgasmo pertinente
Que de maneira tão indecente,
Me fez gozar tão junto
Tão presente .
Sonhar com o real
Adornando o vil metal
Vicissitudes da fêmea atual
Que assim destrói o prazer
Impedindo o acontecer
Que faria transcender
A penetração
A ejaculação
O amor do macho pela fêmea
Vazio e impune
A escorrer.
Salvo pelo sono refratário
Na plácida refestelação.
Suor e sêmen
Saliva e orgasmo
Mistura fértil
De odor afrodisíaco
Que pintam no quadro
De nossas vidas
A certeza da plenitude
Atingida.