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Contos-->Presentes Natalinos -- 12/12/2006 - 12:30 (Odilon Fehlauer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Juvenal, filho de família pobre, brincava com Enio, de família abastada. Ambos tinham a mesma idade, sete anos. Os valores de cada um eram distintos com relação aos aspectos materiais, mas semelhantes nas brincadeiras que confraternizavam.

Enio esperava ganhar de Natal uma réplica de motocicleta. Juvenal sonhava com uma bicicleta. As duas famílias montaram árvores de Natal; naturalmente a da casa de Enio era pomposa e artificial, na de Juvenal enfeitaram uma menor e natural.

Os meninos participaram da montagem dos pinheirinhos auxiliando suas mães. No espírito deles vivenciava-se a alegria pela data. Juvenal corrigiu Enio dizendo que não era somente o dia do Papai-Noel, porém, a do nascimento de Jesus. Pensava no lado religioso que continha o evento.

Fizeram de materiais diferentes seus ninhos e neles colocaram um bilhete para o bom velhinho. Enio ratificava a réplica da motocicleta, games, brinquedos e chocolates. Juvenal limitou-se à bicicleta acrescentando que almejava que fosse da cor vermelha.

Na noite de Natal, o Papai-Noel, em sua roupa vermelha e com um sino e um saco gigante nas mãos, compareceu na casa de Enio trazendo todos os presentes que ele havia solicitado.

Juvenal sabia que seu amigo era rico, ele não. Para ele, Papai-Noel chegaria durante a madrugada e veria sua tão sonhada bicicleta pela manhã. Assistiu Enio rodar pela rua, em frente da casa com sua motoca, que até acendia luzes.

Antes de deitar-se, Juvenal espiou seu ninho e nele estava o bilhete, deitou esperançoso. Não sabia que sua irmã Camila pedira.

Acordou mais cedo, às oito horas, foi ao local onde deixara seu pedido. Foi surpreendido, estava vazio e sequer seu bilhete fora lido. Ganharam, ele e Camila, pacotes com balas de goma jujuba.
Nada mais. Juvenal entristeceu-se por não ganhar o presente esperado, mas sua maior dor no coração, foi não ter tido a atenção do Papai-Noel que não leu sua cartinha, a qual tanto caprichou e assinou seu nome.

Sua tristeza foi atenuada quando, naquela manhã, chegou um casal, bondoso e anônimo, trazendo uma cadeira de rodas para sua mana Camila se locomover. Disseram que fora deixado em sua casa pelo Papai-Noel para que a entregassem. Juvenal interpretou na sua mente inocente a causa de haver sido preterido pelo bom velhinho. Ele lera primeiro o recado dela. Passou o dia empurrando a irmã sobre a calçada. Juvenal esperará pelo próximo Natal.

Odilon Fehlauer.
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