Usina de Letras
Usina de Letras
165 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140797)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O BONDE -- 21/10/2007 - 19:38 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O BONDE



Poema de Antonio Miranda





A casa com muitas portas

e nenhuma saída ou entrada.

O caminho de muitas

voltas, sem retorno.



Havia muitos livros

mas era o mesmo

livro que eu lia

sem fim nem começo.



Depois o bonde me trazia

de onde eu não estivera

ou, estando, não sabia

se ia ou se voltava.



Mas eu ia e voltava,

voltava e reconhecia

sem ter visto antes

—se é que eu via.



Não havia ir nem voltar,

conhecer ou reconhecer

mas havia, sim, havia

o bonde que ia e vinha.



O caminho é que é

(nem mais) era outro

— estoutro, se dizia —

e de bonde é que se ia.



Não sei bem aonde,

menino que eu era,

pois já devia ser

memória do não ser.



Mas, se o bonde era,

eu haveria também de ser,

e a paisagem, se havia

ah, se havia, já não era.



Os trilhos que iam

e vinham, eram os mesmos

mas o bonde que ia

não era o mesmo que voltava.



E eu, se ia, não voltava

ou era outro,o bonde

em trilhos imóveis

de ir e vir.







Leia outros poemas do autor em

www.antoniomiranda.com.br

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui