Por este dias, revi Porto Alegre.
Que esrtanho!
Em cada paisagem - concreta - da Capital
Havia um pouco do meu primeiro olhar
- primeiro e encantado -
POIS A mETRÓPOLE ENTROU EM MINHA VIDA
cOMO UM SONHO INACABADO.
(Uma menina pequenina
em uma Capital gigantesca!)
Em tudo, encontrei um "eu" esquecido,
Sabendo que, um dia, iria voltar.
Nas paisagens modificadas,
Uma nova surpresa no meu olhar.
Revi as águas calmas do Rio Guaíba.
Deitei meu olhar fascinado
Naquele retrato feito de água e céu,
E amei de novo
O pôr-do-sol colorido
Que encantou-me - eternamente -
Na primeira vez que o vi.
Alguns barquinhos velejavam, tranqüilos,
Por sobre a água generosa.
Inusitadamente,
Lembrei de Mário Quintana.
Os barquinhos pareciam pensamentos (pensaventos)
Que o poeta deixou, com carinho,
Na Capital onde viveu.
Eram pensamentos brancos,
Como bandeiras ao vento,
Dizendo de uma eterna Saudade
Que ficou no seu lugar.
(Eram poemas de esquecimento
de alguém que não vai mais voltar).
O vento, agitando as águas calmas,
Fazia crestar as ondas
E, num sussurro, parecia ouvir o Poeta
Murmurando, alegremente:
"- Eu estou feliz!"
Voltando para a calmaria do interior
Revisito, em pensamento,
- Todos os dias -
A Capital, que me encantou.
E, de longe, parece que ouço
O marulhar sereno
Das águas mornas do Rio Guaíba
Embalado pelas cores de um pôr-de-sol
Dos mais belos que já vi.
Revisitando Porto Alegre,
Revisitei um sonho antigo
De rever o primeiro olhar
Que ainda bailava sobre a cidade.
Revisitei, em mim,
Um sonho de criança,
Quando vi, uma única vez, a Capital.
E nunca mais pude voltar.
Porto Alegre!
Tu és para sempre, amada,
E rebuscada
Na minha lembrança
Da tua altivez
E da tua História
Gravada no chão
Do Rio Grande do Sul.
Tu serás sempre revisitada,
Pois tuas entranhas,
guardam,
com carinho,
pessoas por mim amadas,
e lembranças
inesquecíveis. |
