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Cordel-->FALA PESSOA -- 17/03/2018 - 09:29 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





FALA PESSOA



Já dizia mestre John Lennon

Que mais importante é falar

Que é a forma de ser ouvido

E estar o tempo todo a falar

O único jeito a ser entendido

Assim é preciso estar a falar.



Mas não falando com parede

Também com os seus lençóis

Não é lugar para se lamentar

E muito menos desatar os nós

Mas é falar comigo e contigo

Falar com o outro e todos nós.



E falar é diferente de tagarelar

Como se falar pelos cotovelos

Você só estivesse a confabular

Não perdendo o fio do novelo

Só é praxe de quem não pensa

E fala em turbilhão e atropelo.





Bom é falar sempre e na hora

Na hora que a garganta apertar

Por uma palavra que engasgou

E que era da frase para se falar

Mas que por polidez não falou

Mas ainda continua engasgar.



E uma palavra engasgada ruim

Tem levado muita gente sorte

A má sorte em não ter cuspido

Ela lhes ter levado uma morte

Inglória despedida por calar-se

Por isso perdido chão e norte.



É correto uma fala apropriada

Não as fofocas e as inverdades

Que isso faz mal entre pessoas

É insensato até pelas maldades

Que sem o ganho em mentiras

Nem viram as falsas verdades.



Mas se diz para perder alguém

E só falar a ele o que se pensa

Mesmo que seja uma cristalina

Constatação e ainda que tensa

Por esta verdade ser a absoluta

Não há nada que ela compensa.



Pois que nada há por interessar

Para a outra pessoa que ela seja

Em sua cor ou em seu tamanho

Como se encontra ou até esteja

Se de raiz nebulosa ou obscura

Ou até de índole não benfazeja.



Não importa que outro até seja

Ou bem não seja o que se quer

Se num desenho curvo ou reto

Moça, moço, homem, mulher

Melhor importa é o saber dele

Ver na fala e nos olhos o que é.



E para isso o melhor é se falar

Como ela disse: a gente se fala

Logo o caleidoscópio explodiu

E nuances de cores bem claras

Que não deixam nem a dúvida

Que é hora que a gente se cala.



Pois aí são outros movimentos

Nem são mímicas por calorosa

São ondas de sentimentos puras

E nos olhos lágrimas dolorosas

É alerta pra perceber uma boca

De lábios pedintes e calorosos.



Pois é onde a natureza humana

Expressa toda a sua intensidade

Como a dúvida antes da criação

Onde Nele seria a generosidade

Como a que Ele procurou fazer

No homem e a sua cara metade.



Mas se diz para perder alguém

E só falar a ele o que se pensa

Mesmo que seja uma cristalina

Constatação e ainda que tensa

Por esta verdade ser a absoluta

Não há nada que ela compensa.



Pois que nada há por interessar

Para a outra pessoa que ela seja

Em sua cor ou em seu tamanho

Como se encontra ou até esteja

Se de raiz nebulosa ou obscura

Ou até de índole não benfazeja.



Não importa que outro até seja

Ou bem não seja o que se quer

Se num desenho curvo ou reto

Moça, moço, homem, mulher

Melhor importa é o saber dele

Ver na fala e nos olhos o que é.



E é nessa hora que boca se cala

Para dar vez a todos os sentidos

É olhar no olhar se encontrando

Sobrancelhas e olhos contraídos

Estudando e ainda se indagando

Serão enamorados ou inimigos.



Até numa circunstância ao falar

Que as pernas começam tremer

E seus lábios inadvertidamente

Em tiques nervosos a se mexer

E sua alma tentar sair pela boca

É sua vida latejando para viver.



E falar é acionar o botão da luz

Verdade acende, mentira apaga

Cabendo a cada um sua escolha

E tem gente que sua vida acaba

Por escolhas muito lamentáveis

Outro ela simplesmente desaba.



Temerosamente são outros dias

Como escrevem, é outro tempo

Não como do índio americano

Que usava fumaças sem vento

Nem do telegrafo com seu ticti

E poste caído um contratempo.



É o tempo da mensagem online

Que a palavra sem som de boca

Parece até tirada de hieróglifos

Em linguagem estranha e louca

É das que se escreve e nada diz

Se o missivista dorme de touca.



Uma coisa é escrever que chora

Botando rabisco para confirmar

Outra é verdadeiramente chorar

Deixando ela sua lágrimaaparar

E ao invés de garatuja sorrindo

No sorriso dela o hálito aspirar.





É mas é melhor mudar de rumo

Porque eu sou do tempo antigo

E essa conversa pra boi dormir

Na versão online que é o perigo

Que os americanos inventaram

Para controlar todos e o amigo.



É um negócio fácil de entender

Que nem precisa de um delator

Ao mandar -receber mensagens

Você se entrega sem o tradutor

E de lambuja até te emburrece

Não servindo nem para traidor.



Pois que você já não conversa

E nem confabula pra contestar

Expor mesmo ideias contrárias

É coisa que não aprendeu falar

Pensar nem uma possibilidade

Online eles sabem te controlar.



Pois é nesse manda e já recebe

E nesse recebe e vai mandando

Nos controladores desse mundo

Fica fácil para ficar te gravando

Eles já até conseguem controlar

O que deseja e até tá pensando.



Pela tal de inteligência artificial

É preciso no extremado sentido

Dos que amam e zelam os seus

De que não sejam inadvertidos

Pois que há notícias de sombras

Que donos não foram seguidos.



Mas a ela seremos até superior

Pois o sentido e o instinto voa

E as artimanhas de um espírito

Não tem o hábito de ficar à toa

Lutaremos na força da palavra

Que sai na voz. Valeu, pessoa ?





FIM


 


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