Sangue do céu estrelado
depois da mutilação
faz nascer o mais irado
rancor de seu coração.
Faz surgir os bons castigos,
tanto para deuses maus
como para inimigos
parecidos com macaus.
Nas profundas dos infernos
torturam pecadores,
envenenam nos invernos
seus cabelos voadores.
Na cabeça as serpentes,
nas mãos sempre uma tocha;
bondosas, benevolentes,
só o castigo arrocha.
Com medo da santa ira
ninguém seus nomes dizia:
"adorada deusa" fira
hoje quem mau nos fazia.
No dever de castigar
seres do céu e da terra,
são três a crimes vingar
quanto mais o mau aberra.
Cada qual se encarrega
de castigar os delitos,
a uma área sentrega
pra flagelar os aflitos.
A implacável castiga
quem cometeu os pecados
da ira, raiva que fustiga,
junta soberba dos lados.
Espalha pestes e maldições,
vai atrás do meliante
e taca-lhe os tições,
não dorme mais o faltante.
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