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cronicas-->Cantadas Ensinadas Por Revistas Femininas Não Dão Certo -- 28/08/2004 - 14:15 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cantadas Ensinadas Por Revistas Femininas Não Dão Certo

Meu nome é Luciana do Rocio , tenho 30 anos , moro em Curitiba ,cidade onde o clima é frio e os homens são mais gelados ainda . Por isto , nunca tive um namoro sério .
Na verdade , sempre tive dificuldade para lidar com os homens e , principalmente , para se aproximar deles . Por isto , sempre recorri aos conselhos dos manuais de paqueras das revistas femininas .
Mas , o problema é que na prática , estes conselhos são decepcionantes , pois , para mim , nunca deram certo e ainda por cima me fizeram pagar muitos micos . Citarei alguns exemplos abaixo :
Numa revista estava escrito , que para iniciar uma conversa com um homem , o melhor método é perguntar as horas .
Então um belo dia , me aproximei de um homem , que estava no ponto de ónibus e perguntei :
- Por favor , você tem horas ?
Assim , ele fez uma cara de bravo e falou :
- Você está me achando com cara de relógio ?
Deste jeito , eu fiquei quieta .
Numa outra revista estava escrito que , num restaurante , o melhor método para paquerar é ficar sentada com o seu grupo de amigas , ao lado do banheiro masculino e sempre demonstrar alegria .
Então , numa lanchonete , eu e minhas amigas , sentamos próximas ao toalhete dos homens . Mas , como tenho problemas de visão e estava sem os óculos , eu sempre arrastava a mesa cada vez mais próxima ao banheiro masculino , para ver os homens passarem com mais nitidez . Só que exagerei sem querer , então , um rapaz que queria usar o toalhete , falou :
- Esta mesa está atrapalhando a passagem do banheiro . Além disto , vocês estão dando risadas demais .
Após isto , ficamos quietas .
Num outro manual de paquera , eu li que quando a mulher deseja puxar conversa com um homem desconhecido , ela deve chama - lo por um nome qualquer e inventar que ele é parecido com um velho conhecido dela , que ela não vê a muito tempo . Por exemplo : a moça vê um homem bonito num shopping . Então , ela pode se aproximar falando :
- Boa - tarde , Henrique !
Assim , o rapaz poderá falar :
- Não sou Henrique .
Mas , a moça deverá insistir :
- Você é muito parecido com um Henrique que estudou no meu colégio ...
A revista falou que , desta maneira , a mulher poderá engatar uma conversa produtiva com um homem desconhecido .
Porém , tentei experimentar este método de paquera na prática e foi um fiasco . Eu estava num shopping , vi um homem bonito e falei :
- Boa - tarde , Henrique !
Então , o homem respondeu deste jeito :
- Sua louca , vê se eu tenho cara de Henrique !
Deste jeito , saí de fininho .
Numa outra revista , estava escrito que a mulher ao paquerar no ónibus deve encarar o homem pelo qual está interessada . Porém , na minha época de colégio , eu sempre pegava o mesmo ónibus e tinha um menino que achava bonito . Então , um dia eu resolvi seguir o conselho da revista e passei a viagem inteira encarando o moço . Mas , após ao descer no mesmo ponto , o rapaz veio conversar comigo , deste jeito :
- Por que você estava me encarando ?
Assim , eu respondi :
- Eu não estava encarando a sua pessoa , deve ser impressão sua .
Porém , o rapaz perguntou :
- Por acaso eu estou com a roupa suja ?
- Por acaso tem doce na minha cara ?
Então , sem graça , eu falei :
- Desculpa .
Num outro manual de paquera , estava escrito :
- Muitas vezes é a mulher que precisa tomar a iniciativa ...
Então , uma vez , eu estava na rua e de repente um menino deu um panfleto para mim . Ao olhar para este rapaz , achei ele muito interessante . Deste jeito , eu passei várias vezes na mesma rua , para pegar o seu panfleto e principalmente para ver se ele puxava conversa comigo . Passei cinco vezes , no mesmo local , mas na sexta vez , ele me disse :
- Você não está passando demais nesta rua não ?
- Você não acha que está pegando muitos panfletos meus ?
- Acho melhor você não pegar mais os meus papéis , pois , as outras pessoas também precisam ler as minhas propagandas .
Aqui , precisei sair de fininho outra vez .
Numa outra revista , estava escrito que os melhores ambientes para paquerar eram os " cibers café " e as livrarias . Então , seguindo o conselho desta revista , fui tentar alguma coisa nestes lugares .
No " ciber café " resolvi me sentar numa fileira , onde ao meu lado , havia um rapaz numa sala de bate - papo - virtual . Como achei o moço interessante , tentei ver em que " chat " virtual ele se encontrava e que pseudónimo ele usava . Assim , descobri que ele estava no chat de amizades e que seu " nick " era Grilo Falante . Então , naquela fileira , liguei o computador do " ciber café " , acessei a Internet daquele local e entrei na conversa virtual , com o pseudónimo de Vidente , jogando esta conversa , na tela daquele moço :
" Vidente entra na sala virtual ...
Vidente fala para Grilo Falante :
- Boa - tarde !
Grilo Falante responde para Vidente :
- Boa - tarde !
Vidente diz para Grilo Falante :
- Eu sei que você está num " Ciber Café " , vestindo uma calça jeans , uma camiseta vermelha e um tênis estilo Gonga .
Grilo Falante fala :
- Isto deve ser uma brincadeira .
Vidente continua :
- Você é moreno , tem cabelo comprido e usa uma mochila preta , que está no chão neste momento .
Grilo Falante diz :
- Aposto que você é algum homossexual psicopata .
Vidente responde :
- Sou mulher .
Grilo Falante pergunta :
- Onde você está , neste Ciber Café ?
Vidente responde :
- Estou bem do seu lado . "
Então , naquele momento eu vi na tela , a seguinte mensagem :
" Grilo Falante sai da sala ... "
Após isto , o rapaz pegou sua mochila , foi até o caixa pagar pelo uso do micro e saiu correndo pela rua .
Bem , após estas péssimas experiências , algumas dúvidas passam pela minha cabeça :
- Será que as cantadas de revistas femininas , realmente , não dão certo ?
- Será que eu sou feia demais ?
- Será que os curitibanos são frios muito além da conta ?
- E , com você leitor , já aconteceu algo semelhante ?

Luciana do Rocio Mallon .


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