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Poesias-->Soneto XXXVIII, de Shakespeare -- 05/10/2007 - 11:06 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Soneto XXXVIII

Como seria o melhor tema minha musa,

vertes enquanto vives em minha canção

teu gracioso Ser, um tema tão maravilhoso

que não contenha nenhuma abjeção?

Oh! Agradeça somente a ti mesma,

pareça-te digno de leitura meu poema;

um mudo entôa seu próprio canto,

pois és um bálsamo de luz da poesia!

Como décima musa deves ser adorada

e dez vezes mais que as da Teogonia;

pois de quem te chama deve também ser provada

alta prontidão para a eternidade.

Se minhas trivialidades bastam o mundo inteligente,

seja meu o esforço para reconhecer em ti do elogio a bondade!



Sonett XXXVIII

Wie wäre des Stoffes meine Muse bar,

Solang du lebst und in mein Lied ergießt

Dein holdes Selbst, ein Stoff so wunderbar,

Daß kein gemeiner Sang ihn in sich schließt?

Oh! nur dir selber bringe deinen Dank,

Scheint dir des Lesens würdig mein Gedicht;

Ein Stummer selber tönte im Gesang,

Den du begnadest mit der Dichtkunst Licht!

Als zehnte Muse soll man dich verehren,

Und zehnmal mehr als die aus alter Zeit;

Doch wer dich anruft, soll sich auch bewähren

Mit hohem Klange für die Ewigkeit.

Genügt der klugen Welt mein leichter Tand,

Sei mein die Mühe, das Lob dir zuerkannt!



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