A ESQUINA DA USINA
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Cheguei por estas bandas por acaso. Sem qualquer objetivo ou intenção premeditada. Como qualquer andante ou vagamundo. Cansado, deixei as malas no hotel - cheias de sonhos e de utopias – e fui tomar banho. Troquei de roupa e saí para dar um passeio pelas redondezas e conhecer melhor o lugar.
Buscava um local para publicar meus artigos, meus ensaios, meus textos jurídicos. Parei numa banca de jornal e dei uma olhada no roteiro dos filmes e das novelas que estavam em cartaz. Mais adiante, fiquei admirando a turma de cordelistas e de outros poetas que divulgavam suas poesias. Ouvi piadas do bom humor. E fiquei atento aos discursos que muitos faziam, tratando de vários assuntos, de vários temas. Todos interessantes. Passei pelo parque de diversões e pude ver, na parte de fantasias e leituras infantis, muitas crianças brincando de sonhar e sonhando de brincar. E aproveitei para dar um pulo na parte de adultos, cheia de erotismo para todos os gostos. E comecei a ficar encantado com o lugar.