Como te vais depressa,
ó Vida!
Enquanto pensamos
- em viver,
Enquanto pensamos
- em querer
Tu te esvais, rápida
em nosso pensar,
em nosso querer...
Nem sequer nos avisas
- que és fugaz
e que somos mortais.
Nos envaidecemos
e esquecemos de viver-te.
E, quando enfim despertamos
Longe estás
com nossos ideais,
com nossa mocidade.
E então
só então
É que percebemos em nossos espelhos
o que era ilusão e
o que é realidade.
Tu foges, ó vida, mas não envelheces nunca.;
Nós, porém envelhecemos
e te compreendemos
quando já te foste. |