PARA ANELISA
A Elisa virtual que mal conheço
debruça-se ao redor de uma varanda
que encomendei para ela com o aval
de uma noite e um dia de setembro
Fi-la de cimento, granito, alvenaria
de um traço regular e inconsútil
que todo bom poeta-engenheiro
erige, vela e mantém a uma dama
rego todo santo dia de manhã
muguet, jasmins e sempre-vivas
para despetalarem à tardinha
de tal modo que sejam como Elisa
tênues, suaves, mas concretas
como as palavras que semeio para.
Camaragibe, 11 de setembro de 2007
WALTER SILVA.
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