Não tem poesia tem lagrimas.
Arruma desculpas esfarrapadas.
O carro perdeu o freio.
Bebeu muito.
Estava correndo.
Fumava muito.
Bebia muito.
Tem nome pra tudo; marido que perde esposa, esposa que perde marido e filhos que perdem os pais.
E pai que perde filho?
Na hora em que nós não precisamos mais dos nossos pais eles começam fazer as malas.
O tempo corre como um campeão.
Eu não quero parar o tempo.
Eu só quero que as malas esperem mais um pouco.
Eu não vou dizer eu te amo.
Eu não vou pedir perdão.
Eu não preciso disso.
Aprendi provérbios pops.
Eu cresci.
Você já era grande.
Ensinou-me da sua maneira.
E eu achava errado.
E você sempre abria a porta.
E me dava corda.
Quando arrebentava você emendava.
Você ensinou-me conceitos que eu entendi; caráter; respeito e solidariedade.
Não escolheu para que time eu devesse torcer, torceu pro meu.
E logo agora que nos tornamos mais amigos você esta fazendo as malas.
A morte é assim.
Covarde.
Sorrateira.
Quer tirar a minha existência.
Eu quero que a morte morra.
Autor: Marco Túlio de Souza
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