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cronicas-->A linda Lenora -- 10/08/2004 - 13:19 (Érica) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A linda Lenora nasceu, cresceu e viveu - ainda vive - no Oriente Médio. Muçulmana, filha de inglesa e egípcio, morou com a família no interior do Egito até que chegou a idade de se casar: aos 16 anos. Não lhe adiantou recusar a ordem, não lhe fizeram caso. Que ela fosse inteligente e que tivesse aprendido a ler e a escrever quase sozinha, tampouco lhe valeu muito para sair do laço matrimonial que lhe armaram no caminho. Pelo contrário, valorizou-a no mercado casamenteiro - e ela foi se casar com um comerciante abastado. Jovem, bem apessoado, boa gente, mas não era o ideal da moça. Ela nem sabia bem quem preencheria seu ideal, nào teve sequer tempo de formar uma idéia de quem seria o melhor homem para sua vida. Casou-se. Tiveram filhos. E depois de quatro ou cinco anos de casamento, ela resolveu disparar para outras direções. Depois de cumprir com suas obrigações, tendo casado contra sua vontade, tendo tido filhos contra seus planos, tendo feito tudo porque os outros assim o queriam, ela resolveu ser ela mesma.
E sua revolução pessoal começou por sua sexualidade. Descobriu-se mulher com desejos que iam além do que seu bom marido lhe proporcionava. E, um dia, sem pensar muito na coisa, viu-se na intimidade de outro homem, num quarto de hotel, ao lado de um chafariz que parecia aumentar seu jato d água à medida que ela e o homem mais se conheciam biblicamaente.
Depois do primeiro veio um segundo, um terceiro...
E, um dia, seu marido descobriu. Ficou muito abalado. E como a amava mais do que à sua própria vida, resolveu sacrificar-se... e se mudaram da cidade. Esperando que novos ares a fizessem mudar de idéia, que a apacentasse...
Ela continuou com as infidelidades . O marido sabedor. Infinita paciência. Ou amor desmedido. Ele aguentava tudo. As ausências dela, os meninos sendo tratados por empregadas, os parentes perguntando por ela...
Que remédio. Resolveu mudar-se outra vez. E nessa fuga da realidade, eles se mudaram umas oito vezes. COnheceram todo o Egito. Ele ia abrindo pequenas lojas onde se encontrasse, daí armou uma rede de armazéns por todo o território nacional. O pessoal morria de inveja, eta homem de sorte - muda de lugar, abre uma loja, prospera, muda outra vez, abre outra, prospera...
Claro que ninguém desconfiava que as mudanças eram ditadas pela necessidade que ele tinha de tentar domar a mulher. Que ela se distraísse com as novas paisagens, quem sabe... e começou a entrar por lugares pequenos, onde quase não havia habitantes - mas a lojinha prosperava, onde quer que eles se enfiassem. Os filhos ficaram com avós, na capital. Era só o casal que vivia essa vida cigana.
E ela continuava a fazer amizades masculinas. Uma mulher insaciável.
Até que chegou um dia em que ele decidiu botar um basta em toda a história. E se suicidou.
Ela está rica, muito rica. Administra as lojas com os filhos. E nunca mais procurou homem nenhum.
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Érica Eye
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