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Humor-->A PADARIA -- 30/12/2003 - 18:38 (Mario Roberto Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Paródia ao célebre poema “A Catedral”, de Alphonsus de Guimaraens).

INTRÓITO
De vez em quando, nada como ser criança
E, em vez de, das portas bater as aldravas,
Muito melhor é brincar com as palavras,
Mantendo sempre vivo na lembrança
Que, até ao se fazer uma paródia,
Há que estar atento à prosódia.

A PADARIA

Afinal, ao longe, surge a aurora.
Tenho que levantar-me agora,
Livro-me do lençol.
A padaria abre-se no meu sonho
E eu, rápido, de pé me ponho,
Num belo dia de sol.
E na rua ouço os vadios cães:
Pobre Guimarães, pobre Guimarães.

Do pão saboroso sai a primeira fornada.
E uma fila se forma, de gente apressada,
Já à primeira luz.
A padaria aberta do meu sonho
Está cheia de um povo tão risonho
E tem um cheiro que seduz.
E a balconista diz, ao entregar-me os pães:
Pobre Guimarães, pobre Guimarães.

À tarde, novamente me aparece,
Para o lanche, de que cada um carece,
O ter que o pão comprar.
A padaria aberta do meu sonho
Está menos cheia, com um ar tristonho,
E o dono a reclamar.
Ouço as mesmas palavras das manhãs:
Pobre Guimarães, pobre Guimarães.

Mais tarde, enfim, nasceu a lua.
Não me adianta mais sair à rua,
A noite já desceu.
E a mesma padaria do meu sonho
Está fechada e a pensar me ponho.
O dia já morreu.
E assim, não posso mais comprar os pães:
Pobre Guimarães, pobre Guimarães.


EPÍLOGO

A paródia está pronta e, certamente,
O poeta, com o que fez, ficou contente,
Tem o dever cumprido.
E se hoje fora vivo, o mestre Alphonsus
Haveria de enviar-me os seus responsos,
Decerto comovido.
E encerraria com um recado aos meus fãs:
Grande Guimarães, Grande Guimarães.
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