Uma vez foram as formigas
Que acabariam com o país
Outras as doenças tropicais
Que eram o mal dito de raiz
Já que eram daqui da terra
E não importadas da matriz.
Também falaram do galego
Que apesar da sua nobreza
E como bons colonizadores
Depois de retirada a riqueza
Que nessa terra tinha á rola
Deixariam aqui só a pobreza.
Dos índios e dos quilombos
Tinha-se visões aterradoras
Acreditando até que no país
Haveria a força devastadora
Que imporia a toda a vilania
Uma ação assaz destruidora.
Foi só o medo e a mansidão
Que permitiram a má sorte
Que essa grande sociedade
Consagrando vida na morte
Viva assim no bico do urubu
Sem voador de maior porte.
Pois são muitos os exemplos
Que mansidão conveniente
Tingiram bem forte o caráter
De jeito cordial dessa gente
Que acredita em quase tudo
A que fala um tipo de gente.
O Rio de Janeiro quando era
A capital da nação brasileira
Marujos ingleses apanharam
Por discursões em bebedeira
A Inglaterra quis indenização
Ganhando uma bela riqueza.
E como os piratas franceses
Que também aqui pilharam
Até os travesseiros do povo
E muito o tudo mais levaram
Homens e mulheres cordiais
Sorriram e não reclamavam.
Por muito tempo os gringos
Aqui chegavam e enricavam
E suas maneiras eram legais
Ou não que logo arrumavam
O tal jeitinho bem brasileiro
Pra não perder e ganhavam.
Esse é o nosso povo cordial
Troca o castigo pelo perdão
Deixa pra lá que foi sem ser
Importa que jogando bolão
Tem sempre a vaga no time
E acaba o salvador da nação.
Rapadura é doce mas é dura
Mulher não tinha pra comer
E achava bonito que o amor
A tudo alimentava pra valer
Dormia esquecendo a fome
Noutro dia o sol iria nascer.
Deixa que a dor não é nada
Tem gente com a dor maior
É melhor até deixar quieto
Que ela pode ficar bem pior
Fingindo que não tá doendo
Vai ficar tudo bem melhor.
Salve povo cordial do Brasil
Que sempre deixa estuprar
Se for com jeitinho especial
Tipo FIFA assim a governar
Que até os escolhidos vices
Nem o troco querem largar.
Mas é bom o não esquecer
Que mandou praquele lugar
Uma governante arrogante
Que depois nem foi arrotar
Aquela goleada que o 7 a 1
No Brasil foi coisa de lascar.
Pois o país passou 64 anos
Com a dor da copa perdida
Mas até parece o presente
De “trabalhadores” na lida
Bons mentirosos invejosos
Deram aos de farda vestida.
E esse povo por ser cordial
Não mais assiste noticiário
Por só falarem dos ladrões
Dos políticos e de falsários
Mas estão no mesmo saco
O país cordial que é otário.
Aqui todos são os maiorais
Estando vestidos de ternos
Só lhes dão um “it” a mais
São doutores mais eternos
Que os coronéis nos linhos
Ou pedófilos de ar paterno.
A mentira aqui brota viçosa
Se adubada pelos religiosos
É bem cuidada por políticos
Que na arte são meticulosos
Achando-se grandes sofistas
São mesmos inescrupulosos.
Tem até um que se proclama
No país a alma mais honesta
Com certeza rei dos gatunos
Essa uma figura bem funesta
E que traz com muita nitidez
A palavra lalau bem na testa.
Esse é o destino de um povo
Que faz o salvador da pátria
Ser sua redenção e salvação
E sem questionar sua prática
Sempre fica de calça arriada
Pois essa é só gente larápia.
Nesse país valores mudados
Protegem os bandidos maus
Que quando presos na bolsa
Que a família recebe é legal
Pois ganham políticos ruins
Ajudando até com o mingau.
A prostituição infantil é legal
E o pedofilismo uma exceção
Não se pode é trabalhar arte
Usando nudez em exposição
Como na idade média um rei
Cortou até bilau padra sabão
Essa é a visão dos avestruzes
Os políticos bem usam disso
E para se manterem no cimo
Incentivam o povo submisso
Povo cordial e incapaz de ser
Uma nação de compromisso.
Compromisso com seu povo
A sua honra e seu ambiente
Investir pesado na educação
Que é o começo da semente
Tirar privilégios dos políticos
E investir na saúde da gente.
Do Cabral ontem ao de hoje
Muito se conseguiu enganar
Os tubarões e lulas famintos
Muitos conseguiram vomitar
Mas por quanto tempo ainda
Este povo cordial suportará.
Antes de apagar a luz é necessário dar a descarga, pois que esse país, extrapolou-se. Ou como disse um governador preso – nós exageramos.
Chegar ao ponto de parar a máquina administrativa do governo e jogar todos os refletores da mídia para iluminar um político, extrapolando a sua insignificância. É demais. Com certeza seu avô, deve se lamentar por não ter sido a sua avó. Deus nos livre.
Outubro de 2017
É preciso que a população tome muito cuidado - os POLÍTICOS acenderam a luz vermelha.
