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Cordel-->A TERCEIRA IDADE É BRONZE OU LATA VELHA -- 29/11/2017 - 18:58 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


TERCEIRA IDADE

É BROZE OU LATA VELHA





É bom acreditar que a vida

Mostra também boa idade

Para quem passou as fases

E até chegou a maturidade

Com boas condições físicas

E uma muito boa sanidade.



Fé não há contraindicações

Por isso viver com fé é bom

E acreditar logo no possível

Mesmo ouvindo mal o som

Nunca se deixe por vencido

Que com fé afinarás o tom.



Sábia é a palavra positiva

Encontrada por autoajuda

Que os livros de cabeceiras

Evitam que você sucumba

Ao lhe dar a ideia luminosa

Que bem rápido lhe acuda.



Mas precisa muito cuidado

Para quando não dê certo

Nessas palavras de força

O sujeito deve ser correto

Ou melhor ter um amigo

Ou anjo da guarda perto.



São fases da vida vivida

Que tudo será respeitado

Se vivida plena de amor

No tempo e no quadrado

De uma criança saudável

Até ser um velho cansado.



E falando da terceira idade

Dos que viveram com amor

Triste lembrar namorados

Chegando idade do condor

Que nem mais se abraçam

Por viverem sentindo dor.



E falam ser uma boa idade

Idade do privilégio dourado

Que realizações concluídas

São projetos bem acabados

Acho até conversa estranha

Pois uns foram fracassados.



Isso é coisa de marqueteiro

Como o do sapo presidente

E que até elegeu um Hitler

Falando mentira insistente

E contando repetida vezes

Virando o 7 inconsequente.



Nessa falada melhor idade

Ter cuidados logo no início

É bom se alguma coisa cair

Quando o chão é precipício

Pela dificuldade do resgate

Logo se torna um sacrifício



Nosso João Ubaldo Ribeiro

Dizia olímpica modalidade

Abaixar pro laço do sapato

E conseguir o da boa idade

Teria sua medalha dourada

Pelo ímpeto e flexibilidade.



Nosso povo dos terceira na

Olimpíada de dificuldades

Daria ao país lotes de ouro

Só pela maioria nessa idade

A falta de amor a deficiente

Seja de corpo ou sanidade.



E a dos obstáculos em rua

De calçada estacionamento

Mesmo tendo seus perigos

De buracos até de cimento

Ruins aos que construíram

Pelas dos outros jumentos.





Os muitos jumentos daqui

Conseguem unir ouro e dor

Envelhecendo como os reis

E ouro que cada um juntou

Não evitou a morte solitária

Pois a riqueza real é o amor.



Até por amar e ser amado

A doença esquece de você

Como entre Jesus e César

Você tem direito escolher

Escolha lado bom da vida

Para o ouro não te comer



A pele enrugada e gordura

Como as placas no coração

E assim como cansaço senil

E de neurônios em ebulição

Não incomodam com amor

Você manda chupar limão.



É como usar a vaga especial

E você como o casca grossa

Não abrir mão dos direitos

Resistindo como uma rocha

Pra não negar a deficiência

E seu direito de ser brocha.



Claro que os prós e contras

Vivem em conflitos vicerais

Fazendo que ossos porosos

Travem até batalhas fatais

Pelos conflitos de validades

Inevitáveis e sempre finais.



São muitas as lembranças

Que aos de terceira dá dor

Na perigosa falta do olfato

Não sentir cheiro é horror

Seja de fumaça, podre, gás

Ou mesmo o da negra flor.



O tato é muito raro ocorrer

Porque contato sempre dói

Como das catracas na cuca

Que logo o pesadelo corrói

E todos os saudosos sonhos

O tédio e a melancolia mói.



Na quantidade de drogarias

Infestando todas as cidades

A terceira fase fica cercada

Não de uma boa qualidade

Mas de drogas lícitas e não

Para dosar sua infelicidade.



Alguns com condições boas

Contratam auxiliar de idoso

Outros enfermaria técnica

Com profissionalismo cioso

E muita gente usa parentes

Um ou outro bem amoroso



Que até apressam as curas

De mazelas ora renitentes

Com muita paciência de jó

Dos diaristas ou residentes

E até mesmo do Bom Jesus

Sempre a socorrer a gente.



Essa nunca foi pista rolante

Ela foi caminhada só de ida

Mas teve instantes de folga

Pelas subidas e nas decidas

Mas ninguém quis se gabar

Por ter essa etapa vencida.



Mas fases são boas vividas

Quando nas graças de Deus

E pela alegria e a felicidade

No passar da dor que doeu

Mas triste é ao se lembrar

Do beijo que você não deu.







Ilustração de BARBOZA LEITE


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