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cronicas-->Tristemente hilariante -- 06/08/2004 - 15:06 (Érica) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O que é triste e, ao mesmo tempo, engraçado, é o sistema paulistano de atravessar ruas, avenidas, o que for por onde passem seres vivos e carros, ónibus, caminhões, caminhonetas, bici e motocicletas... Acontece que nem todas ruas têm semáforos. Pressupõe-se que nessas não sejam necessários sinais de trànsito devido a menor movimento de gente e de tráfego. Portanto, o serviço de trànsito mandou traçar umas zebras brancas em cruzamentos - o que significa, em linguagem internacional que, o vivente que esteja se movimentando por essas zebras, de uma calçada à outra do lado oposto, esse vivente deve chegar vivo ao seu destino. São quatro ou cinco metros apenas de travessia.

Esta vivente aqui, que vos escreve, acredita nas faixas brancas das ruas, desde que mora e vive no exterior - onde as tais faixas são faixas de travessia que facilitam a sua vida diária. Vou eu e me coloco para atravessar a rua, confiante nas faixas brancas.

Por pouco, muito pouco, não está aqui quem lhes escreve - porque estas faixas, saibam todos que estas linhas lerem, são apenas decorativas. Não têm nada a ver com o trànsito. Dois carros, altíssima velocidade para estarem em área urbana, quase-quase me atropelaram. Não pararam, não fizeram qualquer movimento de diminuição de marcha ao me verem cruzando a rua - e me viram, pois eu os vi lá longe, descendo a rua. Mas imaginei que fossem diminuir a marcha ao perceberem um ser humano cruzando a rua pela faixa de segurança. Doce ilusão. Vieram com tudo. Quando os vi, passaram por mim e me fizeram rodopiar uns graus. O bastante para uns motoristas me gritarem - cuidado! - e uns garotos assobiarem e comentarem, - tia, quase que rola hein! -

Lição apreendida: nem tudo o que se aprende lá fora funciona aqui dentro. Mesmo sendo em linguagem universal. Porque o que é global, passa a ser particular nesta S.Paulo que só consegue parar - quando pára - dentro de um cemitério.

O que me aconteceu em seguida foi que me deu ataque de riso. Fiz o final do percurso, mais dois metros, quase me dobrando de rir - achei a maior graça, e vejo nisto meu escape emocional no momento, em me dar conta que o que é faixa de segurança em outras paragens aqui nada mais é do que umas listas brancas que não servem para nada a não ser dar emprego para quem as pintou.
Ninguém as interpreta como faixa de segurança para pedestres. Se o fizer, rola. Como eu quase fui rolando...
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Érica Eye
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