Manchete nos jornais e na internet: a professora que violou o estudante, depois de cumprir sete anos e meio de prisão, está livre. A primeira coisa que ela pensa em fazer? Reencontrar-se com seu ex-aluno e pai de suas duas filhas.
Ela tinha 34 anos, era casada e mãe de quatro filhos, quando viu o menino de 12 ou 13 anos na sua classe. Ela se apaixonou por ele. Tiveram sexo várias vezes em diversos locais pela escola. Ela engravidou. A mãe dele a denunciou como uma tarada . Ela foi julgada, mas aí não foi condenada - a não ser nunca mais voltar a encontrar-se com o menino e sair da escola. Perdeu o emprego. O marido se divorciou dela. Levou consigo os filhos. Ela teve o bebê (uma menina). E voltou a encontrar-se com o ex-aluno. E ficou outra vez grávida. E aí foi julgada e condenada a alguns anos. Acaba de ser solta. As filhas dela e do ex-aluno foram criadas pela mãe dele (mas a visitaram na cadeia duas vezes por mês). Agora... e agora? O rapaz já tem 21 anos e ela, aos 42, ainda confessa seu amor por ele. E ambos vão se encontrar em breve.
Uma vez um colega meu me disse - e acho até que já comentei aqui, não me lembro - que a vida é muito mais inebriante que a mais convoluta das ficções. É o caso aqui. Uma história de amor que jamais alguém pensaria ser possível existir. Uma mulher formada - como adulta - já mãe de quatro filhos, casada (mas, infeliz), de repente se apaixona por um garoto recém-saído da infància. A idéia de que ele tinha idade para ser seu filho já vira um chavão. Ele tinha idade para ser tudo, menos o amante escolhido pela professora...
Uma amiga kardecista comenta que isto não é história deste mundo: que o amor deles começou em vidas anteriores e até agora não se completou; que eles nascem e morrem em épocas distintas, por isto a disparidade das idades. Mas que as almas de ambos se reconhecem, ainda que em encarnações diferentes.
Seja como for, a história é comovente.
Faz bem saber que ainda existe amor, e deste jeito, forma e dimensão. Caso estranho, mas muito bonito. Vem mostrar que o amor não tem fronteiras mesmo. E que existe.