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cronicas-->Andorinhas -- 03/08/2004 - 00:54 (JOSÉ EURÍPEDES DE OLIVEIRA RAMOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANDORINHAS


Num sobe-desce, guina-derrapa, bate asas-planeia, vai-volta, tudo muito rápido, parece errático o vóo das andorinhas. Tente segui-lo... tonteia. Tente acompanhá-lo em meio a um bando... impossível. Estão, aqui, alegres e buliçosas, num momento; e logo desaparecem. Diz-se que são aves migratórias que gostam do sol e seguem-no à procura de luz e calor. Viajam do Norte para o Sul e do Sul para o Norte todo ano, percorrendo milhares de quilómetros e nunca erram o seu destino.

Terezinha era moça bonita; vistosa, despertava os olhares cobiçosos da ala dos marmanjos. Quando foi estudar em Belo Horizonte, deixou a esperá-la António, namorado de infància. Quando voltou para a cidade natal, deixou para trás João, seu novo namorado. E assim, entre António e João, entre Beló e Uberaba, entre juras e desistências, o tempo foi passando. Quase acomodados na rotina de idas e vindas, de brigas e reconciliações, foram os três surpreendidos pela gravidez de Terezinha. Nem António nem João assumiram a paternidade. Naquele tempo não havia exame de DNA. Insegura e sem certeza de nada, Terezinha ficou naquela de achar ora que o pai era António, ora João. Mas a natureza não aguarda os indecisos e o menino nasceu "sem pai", afinal. As más línguas diziam que, a cada dia que passava, mais o menino parecia com o dono da padaria onde Terezinha fazia compras. António casou-se com Julieta, que nada tinha com esta história -nem a de Drummond. João casou-se com uma paraguaia que cantava guarànias. E Terezinha?

Terezinha perdeu as asas que a levavam pra lá e pra cá como se andorinha desorientada fosse. Dizem que está de namoro com o motorista do ónibus em que viajava pra lá e pra cá.

Ah!... ia me esquecendo... parece que o ónibus era da Viação Andorinha.





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