Inflamam-se exigindo soluções de governos e governantes. Exigem poder viver como cidadãos.
Tantos vejo defender este ou aquele partido, como se a cidadania morasse exclusivamente na política.Enganan-se.
A cidadania plena só é possível no mundo do qual fazemos parte para indivíduos leitores.
Entrando nesta estrada esbarramos em repetentes coros por parte dos educadores: nossos jovens mal lêem ou lêem muito mal.
Isto é tão antigo como andar para frente. O fato é que qualquer leitura depende de uma coletividade, da troca constante, de situarnos no mundo e enxergarmos a nós mesmos como pessoas.
O livro, mesmo em tempos totalmente informatizados, continua sendo o objeto principal de armazenamento de informações.
Do jato mais veloz à mais inédita tecnologia de ponta, todas as referências da humanidade permanecem no objeto livro.
Isso faz dele a condição primeira para tornar possível conquistas desde a simples alfabetização à graduação mais elevada.
Ignorar o livro é desconhecer o direito à cidadania; é manter-se na era das cavernas mesmo vivendo o Século XXI.
Esta tarefa de cidadania inicia-se em casa, desde a tenra idade,com o conhecimento dos limites.
Passa pela contação de histórias, na facilitação de um encontro com o livro, seja adquirindo-o ou visitando-o em bibliotecas públicas.
Como os primeiros passos da criança, cabe à família- muito mais que ao governo- a iniciação de nossos jovens na condição de cidadãos.
Desde jogar o lixo no lixo às mais profundas explicações de nossos direitos e DEVERES, passa pela família e obrigatoriamente, pelo livro,esta estrada rumo à cidadania.
Respeitar e fazer-se respeitar é um dever de todos nós. LER é, além de um prazer, um DIREITO de cada cidadão, o passaporte para a liberdade.