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cronicas-->O valor da simplicidade -- 29/07/2004 - 15:34 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma simples cidade. Muito, mas muito simples.
Os moradores eram simples.
Os bichos eram simples.
Os visitantes ficavam receosos, ao mesmo tempo curiosos, com o jeito daquelas pessoas.
Era um jeito diferente.Elas tinham um sorriso, sempre.
Os rostos eram serenos, gente de pouca preocupação.
Gente que ainda levanta o chapéu pra cumprimentar.
Mulheres que ficam a beira dos portões pra conversar.
Gente que parece não ter muita pressa.
Tem visitante, como eu, que ficava incomodado.
Sentia-me ignorada. Pois o atendente se demorou um pouco mais pra fechar a conta de outro cliente, perguntando como estava sua família.
Mas depois me surpreende com a oferta de café fresquinho, um banquinho pra sentar e um sorriso.
Outro sorriso. Porque neste lugar as pessoas riem tanto pra mim? São abobadas?
O sorriso não tem nada de bobo. Por trás dele, há uma coisa interessante e intrigante.
Dá vontade de perguntar porque eles riem tanto. Mas eu não vou fazer esta pergunta idiota, por mais intrigada e curiosa que eu esteja.
A vida delas parece sem graça, mais parada.
Penso: "A falta de ocupação faz elas rirem. Devem ficar treinando o riso enquanto esperam freguês chegar. Vai ver que por isso riem tão bem. Parece gente tão simples... às vezes meio rude."
Confirmo que de rude não tem nada, tem tudo de bem-educada. O atendente prima em delicadeza. Senti-me muito bem.Não sei nem explicar quão bem....
Mas eu não sei porque fico julgando tanto como são essas pessoas.
Estou intrigada pela sua facilidade de sorrir. Sem ficarem desconfiadas.
Eu pareço mais rude que elas. De tanto que as analiso dos pés à cabeça.
Eu sinto que invado sua privacidade, por mais que não expresse o que penso.
Estou admirada com a sua espontaneidade. Abobada estou eu, com a sua simplicidade.
Com a sua humildade.
Realmente é uma simples cidade.
É simplicidade.
Pra elas, é só isso.
Mas é tudo que precisamos aprender.



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