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Poesias-->Soneto V, de Shakespeare. -- 06/08/2007 - 15:05 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
William Shakespeare.





















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Sonett V

A hora em que, com silenciosa aplicação, move

tua doce imagem, para quem cada olhar se curva,

ela é isto, a que como tirana se ergue,

e primeiro desfigura o que hoje não alcança.

O verão deve efervescer sem descanso,

fenecendo no duro tempo de inverno,

as seivas param e as folhas caem,

a nudez predomina, a beleza se cobre de neve.

Não fermenta bem a seiva do verão,

seu perfume está em paredes cristalinas,

cada rastro da beleza seria apagado,

sua própria memória não mais demora.;

Assim, mantém no inverno a flor de pé,

sua essência fica, murcha apenas sua veste.

Sonett V

Die Stunde, die mit stillem Fleiß gewebt

Dein süßes Bild, dem jeder Blick sich neigt,

Sie ist es, die sich als Tyrann erhebt

Und einst entstellt, was heute unerreicht.

Vorüber muß der Sommer rastlos wallen,

Ersterbend in des Winters harter Zeit,

Die Säfte stocken, und die Blätter fallen,

Die Kahlheit herrscht, die Schönheit ist verschneit.

Blieb ausgegoren nicht des Sommers Saft,

Sein Duft gefangen in kristallnen Mauern,

Wär" jede Spur der Schönheit weggerafft,

Selbst ihr Gedächtnis würde nicht mehr dauern.;

So hält im Winter noch die Blüte Stand,

Ihr Wesen bleibt, es welkt nur ihr Gewand.







































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