Meu Circo
Equilibro meus passos neste arame:
um dia, um tempo, um mês.
Permito-me os desejos como jóias
e corro para não perder o trem...
Sem capa,
sem escudo.
Guerreiros cruzam lanças
de miradas
e as horas nos enforcam outra vez.
Os dias com valises de rotinas
Vendem-nos a pobre sensatez.
Talvez se te encontrasse
como pedra
e pudesse lapidar a tua mudez,
a guerra esqueceria seus soldados...
E eu,
sem equilíbrio (e sem cuidado)
às favas
mandaria
meus porquês...
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