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Humor-->Pneus Velhos. O Que Fazer? -- 17/12/2003 - 22:41 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O QUE FAZER COM OS PNEUS VELHOS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Esta semana eu li um artigo muito interessante sobre a questão da destinação dos pneus velhos. Como descartá-los, sem prejudicar a natureza e o meio ambiente?. É que os pneus velhos, se jogados fora sem critérios, representam um grave problema ecológico. O material de que são feitos são bastante duráveis, permanecendo intactos cerca de seiscentos anos, até a sua total decomposição. Aqui no Brasil, segundo o artigo, no ano de 1999, foram produzidos cerca de 40 milhões de pneus, dos quais 20 milhões viraram lixo.

Os pneus, que são jogados fora, sem critérios, são transformados em verdadeiros criadouros de mosquitos transmissores de várias doenças, pelo acúmulo de água parada, o que tem causado sérios problemas endêmicos. Quando incendiados, por qualquer motivo, liberam grande quantidade de fumaça tóxica que polui o ar que respiramos.

Em relação aos países em desenvolvimento, como o Brasil, o problema assume proporções alarmantes. Por conta, exatamente, da importação de pneus velhos, recauchutados pelas grandes nações, e exportados para o terceiro mundo. Este procedimento acaba, indiretamente, resolvendo o problema das grandes potências, mas, de outra parte, agrava o nosso, posto que, de certa forma, o lixo de fora vem juntar-se ao lixo daqui de dentro, aumentando a quantidade de pneus velhos.

O problema é semelhante a todos os produtos tóxicos e/ou elaborados com material de difícil decomposição. Caso do plástico e das baterias de celulares. É mais um aspecto do alto preço que pagamos pelos “avanços” tecnológicos. A rigor, não se tem dado atenção às conseqüências éticas, morais, ambientais e de saúde, quando se elabora um novo produto. Geralmente, a questão é decidida, apenas, sob a ótica econômica, da rentabilidade, do retorno, do lucro fácil. Coisas do capitalismo.

Assim, essa cultura de apego excessivo à acumulação de capitais, acaba sobrepondo-se às questões de ordem humanitária, onde o ser humano perde sua condição de prioridade e objetivo maior de todas as ações governamentais, passando a ser mero detalhe no processo de devastação e indiferença para com o meio ambiente e a vida de modo geral. É o lado estúpido do ser humano. O lado egoísta. Pois não se pensa nas próximas gerações.

E há pneus velhos em quase todos os lugares. A política, por exemplo, está cheia de pneus velhos e recauchutados. Pneus, que há tempos deveriam estar no lixo do esquecimento, e que insistem em continuar rodando, atrapalhando o trânsito do progresso e da modernidade. Pneus recauchutados e que, á cada nova eleição, se apresentam como novos, com novas promessas, enganando os pedestres que são atropelados nas estradas por onde transitam o lixo mascarado de pneus velhos, que já não conseguem acompanhar as estradas dos novos tempos. Estradas que sinalizam para o desenvolvimento com justiça social. Que exige um rumo certo. Um trânsito perfeito. Com pneus novos, que ofereçam um mínimo de segurança.

Mas há uma saída. Várias saídas, aliás. E o citado artigo nos mostra quais seriam elas. Uma possibilidade é usar os pneus velhos para gerar energia. Com um poder calorífero quase três vezes superior ao da madeira, “cerca de dez pneus são suficientes para abastecer de energia uma residência pequena por uma semana. Assim, poderíamos pensar em queimar, de início, dez pneus velhos ou recauchutados que estão concorrendo nessas eleições.

Os pneus também podem ser aproveitados na construção civil. Especialmente para contenção de encostas, notadamente em cidades brasileiras com áreas sujeitas a desabamento, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, por exemplo. Nestes locais, os eleitores poderiam escolher quais pneus serviriam de encostas. E quais seriam jogados no lixo.

E a outra solução seria a reciclagem, pura e simplesmente. Aqueles candidatos que se reciclaram para melhor, apresentando novas idéias e novos projetos, fariam parte do elenco a ser reutilizado nessas eleições. Os demais, cuja reciclagem não se fez acompanhar de critérios da coerência política, de observância às questões de ordem ética e moral, iriam para o lixo, pura e simplesmente. .

Mas, sempre é bom lembrar, a questão dos pneus velhos não se resume apenas aos candidatos. Muito mais sério, porque em maior quantidade, são os pneus velhos que se encontram rodando no âmbito do eleitorado. Aqui a reciclagem se faz mais do que necessária. Não se pode, simplesmente, queimar os pneus velhos, pois isto equivaleria a anulação do voto. O que não é bom para a democracia. Nem utilizar pneus velhos para servir de encostas. Seria como votar em branco. Ficar de lado. Omisso. O que também não seria bom. A única solução, portanto, é a reciclagem dos eleitores. Para que votem com consciência. Sem obsessão por este ou aquele partido. Pensando no que seria melhor para o seu país. Para si e sua família. A fim de que pudéssemos dar tratamento adequado aos nossos pneus. Novos ou velhos. Aproveitando, de forma mais inteligente, todo o lixo descartável.



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