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Contos-->ENGANO QUASE FATAL -- 18/09/2006 - 20:21 (Paulo Marcio Bernardo da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ENGANO QUASE FATAL

Anselmo tinha apenas vinte anos (em 1969) quando foi contratado por um Laboratório Farmacêutico para trabalhar como propangandista-vendedor nas cidades de Juiz de Fora, Santos Dumont, Barbacena e São João Del Rey (terra de Tancredo Neves).
Rapaz bem falante e de boa aparência, fazia amizades logo que chegava.
Naquela época, já viajava de Karman Guia (carro esportivo de WW), vestia-se sempre com calça jeans Lee ou Levis importada, camisa manga longa do Eugênio e sapatos feitos à mão do Motinha ou Taba. Anselmo era solteiro e ganhava bem. Resultado: era invejado pelos demais viajantes e muito assediado pelas “mocinhas” das cidades por onde passava; além disso, era carioca, o que muitas portas abriam para namorar as mineirinhas.
Anselmo marcava presença por ficar em bons hotéis e freqüentar restaurantes de primeira linha. Bebia whisk JB ou Grant’s 12 anos, a cerveja Brahma bem gelada e o cardápio sempre um coelho ou um medalhão de filé. Ele realmente “se achava”.
Certo dia, Anselmo sai de J. de Fora, trabalha em Barbacena, dorme, e no dia seguinte pela manhã segue para S. João Del Rey pela primeira vez. Chega cedo, por volta das oito da manhã, vai direto ao Hotel Espanhol onde preenche a ficha de hóspede e vai até o apartamento tomar um banho e colocar um impecável terno e gravata para iniciar as seu trabalho na cidade, quando para sua surpresa o porteiro bate na porta e diz que dois senhores lhe procuravam na portaria. Anselmo não conhecia ninguém na cidade, afinal era a primeira vez que vinha trabalhar em S. João Del Rey. Mas podia ser um chefe de sua empresa que talvez viesse lhe acompanhar nos serviços, sendo assim se apressou em descer as escadas para chegar até a portaria.
Quando chegou ao alto da escada tomou um susto danado, pois lá estavam um rapaz e um senhor, fazendeiro brabo da região, que lhe apontava um revolver 28 cano longo e o chamava de safado, filho da ... e outros palavrões.
Anselmo ficou branco, imóvel e gago, pois não sabia de que se tratava. Nesse instante o rapaz disse ao senhor: Não atira não pai, não é esse o cara!
O homem abaixou a arma e Anselmo desceu tremendo como uma vara verde.
O tal senhor procurava por um Anselmo, viajante de calçados que também trabalhava na cidade e havia engravidado sua filha há alguns meses atrás. O fazendeiro tinha deixado uma gratificação para que o porteiro telefonasse logo que “o tal Anselmo” voltasse à cidade, e o porteiro da manhã era novo no emprego e fez o telefonema que estava pedido em um bilhete na portaria.
Depois das desculpas que quase causaram um assassinato, Anselmo foi trabalhar, mas não aprontou com as garotas da cidade, ficou “menos” entusiasmado e muito mais cauteloso.
Meses se passaram e Anselmo chega a um hotel em Juiz de Fora e conhece o outro Anselmo, que já havia saído da empresa em que trabalhava, mudou de ramo de vendas, e foi aprontar para o lado de Muriaé, Leopoldina e Cataguases.


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