Estamos no Século XXI.
Quem diria que viveríamos pelas máquinas, junto a elas e, muitas vezes, em função delas.
Nos tempos da vovozinha, as mulheres viviam unicamente para servir aos homens. Desde a manhã, até ao anoitecer, Era neles que pensavam. Pensar em outras coisas, creio eu, pensavam. Mas daí, do pensamento à ação sempre havia barreiras e ela, a mulher, ficava estática. Todo seu tempo era dedicado aos afazeres do lar. Bordavam, pintavam, cozinhavam e, assim por diante, tinham todas as prendas que as faziam a "mulher do lar".
Imagino essas mulheres hoje em dia e, como se sairiam tendo nas mãos a evolução das máquinas. De lavar, de fazer café, de louças e até o famigerado computador.
E os homens? Os ditos coronéis que não admitiam a presença da mulher alem da cozinha ou do tanque.
Como se sentiriam estes homens vendo suas amadas e santificadas esposas, ao invés da lida do tanque, enviando e-mails para suas amigas que, por sua vez, não estariam crochetando.
Não os imagino, pois, hoje, com a modernidade tomando conta de todas as áreas, com a gama de novidades no mercado no que se refere ao àmbito doméstico, com a inclusão da mulher no mercado profissional, ainda assim os homens tendem a escravizar a esposa, deixando sempre claro que as facilidades que lhe são facultadas, são meros "agrados" que as presenteia como prêmio por suas habilidades esponsais, ou seja, por bom comportamento.
.Até que uma separação ocorra.
A partir daí, a mulher não tem mais necessidade de nada, no entender lúgubre de seu esposo, ou ex.
E por esses tantos motivos é que, em alguns casos, a mulher, temendo essa distinção de valores, se retrai e permanece em uma união que nem sempre é tão estável.
E se houvesse esse entendimento da mulher há cem anos atrás?
Teria ocorrido uma hecatombe Universal e talvez hoje não existíssemos
Pensando assim, dou graças a esses homens maravilhosos que não permitiram o crescimento de suas esposas e senhouras tão bem prendadas, pois, se minha avó tivesse conhecido o computador, a esta hora eu não estaria escrevendo.
Lara Cardoso
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