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Poesias-->Tempo Imperfeito -- 08/02/2001 - 18:06 (Fernanda Guimarães) |
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Tempo Imperfeito
O tempo devasso fugiu-me
Muros cresceram cercando jardins
Folhas enrugaram, tombando em outonos
O cata-vento já não se deixa acariciar
Pela brisa azul que bailava entre as nuvens
Um silêncio pálido se agita
Embalando um arremedo de acalanto
Talvez, a última nota esquecida
Que ainda insiste em ecoar
Ao lado da inquieta voz da saudade
Que respira lânguida como um ai.
Sob os telhados altos do meu pensar
Teus passos pardos caminham
A assaltar meus quartos solitários
Entre as minhas mãos vazias
Há um rastro dos nossos sonhos
Insepultos como montanhas em avalanche
A deslizar pelo abismo dos meus olhos...
© Nandinha Guimarães
Em 08.02.01
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