Por certo.
Ao Jards.
Já te disse que não importa
O tempo todo ou as distâncias.
Não se mede pela terra, pelas horas,
Pelas noites...
Não se encerra uma esperança
Por tamanho ou pela espera.
Dá – se a vida pelo sonho
Costurado nos invernos.
Ou até nas primaveras,
Nos luares, nas esquinas...
Dá-se a alma pelo beijo
Que guardado, é desejo.
Como efêmera joaninha
Que se esconde das aranhas,
Pensarei na fuga certa, no momento,
No trajeto:
Driblarei os contratempos, os obstáculos,
O tempo. Acharei teus belos olhos.
E amarei: te dou por certo!
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