A CASA
A porta bateu.
O vento se enfureceu.
Na noite quieta,
O barulho solitário inquieta,
Na hora deserta.
O jardim não foi regado.
Sem ser cuidado,
Morreu infeliz e desidratado.
Nos olhos sem piedade,
A falta de sensibilidade,
Esmagou a realidade.
A casa foi abandonada.
Foi descuidada.
Não foi suficientemente, amada.
Esmagou-se a sua alma.
Parece tranquila e calma,
Mas, as portas descontroladas,
As janelas desconsoladas,
Protestam com secas estocadas.
Permanecendo fechadas.
A chuva se manifesta...chorando.
Ouve-se uma chave rodando
Na fechadura enferrujada...
A casa foi lembrada.
E, já no outro dia,
Retorno da harmonia.
O jardim está sendo cuidado.
O muro foi limpo e pintado.
A casa sorri...
Posso jurar, que vi.
Não acredita? Então, venha até aqui! |