JARDIM
As rosas que dançam,
Flertando o vento,
Namorando o sol,
Na noite de luar encantado.
Jardins sem cravos, rosas sem cores;
Filhos sem mães, pais sem rebentos;
Sussurram na enxurrada de palavras,
Deixadas nas calçadas dos tempos
Eu nunca quis deixar em tua carne
O pólem incolor do meu sangue
Encantado ....
Veneno amargo em teu corpo
E hoje as flores que brotam
Na maternidade do jardim tropical
Cultivado na “porta” de tua janela
O meu sangue regrando
Rosas alpinas
O meu suor salino
Poluindo o teu escopo
O meu fogo queimando
Tuas folhas serenas
Caboclo vai lhe contar
Os segredos da mata vertical
E amor, retire o meu facão
Enterrado no pé do jequitibá
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