SONETO DA MEDITAÇÃO
Francisco Miguel de Moura*
Como estrela no céu, eu piso alegre,
a abóbada celeste, chão e teto.
Brinco de luas, crio-as, arquiteto
de versos-poema... A meditar me entrego.
Horas de benedita solidão!
Filho da natureza-mãe, não choro,
deito no chão, na grama, e me consolo,
formigo e vôo e rompo a escuridão.
O grande amor me chega, azul sendeiro
todo em busca da senda dos irmãos,
do universo. Pra todos sou luzeiro!
Para os que ficam do caminho à borda,
aceno encruzilhadas, contramãos,
que vão chegar por fim à mesma porta.
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*Poeta universal que canta os pássaros, o vento e a luz na escuridão.
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