Linda roseira, branca, vermelha ou amarela,
Não importa tua cor, teus botões desabrocham,
De sua pétalas o perfume exala...
És jovem, és bela
Colírio para os meus olhos
O tempo, maldito tempo, passa...
Suas flores começam a muchar, suas pétalas cair,
Seu perfume sumir, e aí,
Restam teus galhos, já não tão verdes,
Caem as folhas...
Restam os espinhos.
Ninguém mais te admira,
Pois nada mais de belo tens para ver
De admirada, falada, e, comentada,
Nada restou...
Tuas Flores, mágicas flores que,
Poetas e músicos inspiraram, amantes presentearam,
Tudo acabou...
Ficou só a saudade
Da bela e florida roseira que foi e,
Hoje, murcha e sozinha ficou
Assim somos nós,
Jovens e formosos fomos, e
Usamos e abusamos, sem saber que,
Um dia, velho ficaríamos e só restariam
Os ossos alquebrados, as rugas marcantes,
ninguém a nos olhar, amar ou comentar e,
Hoje, cactos viemos ser, só os espinhos restaram...
|