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Contos-->O Código Lamas -- 13/08/2006 - 23:17 (Rosangela Lamas de Figueiredo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

_Iupi!_ Livre! ...Finalmente livre! Bradava entusiasticamente o Soldado Lamas, ao concluir o Serviço Militar Inicial da cidade de Maxiélius.
Alto, de olhos e cabelos castanhos, sorriso largo e excelente porte físico. Tudo tinha para se igualar aos outros, no entanto, diferenciava-se por ser, dentre todos, o mais endiabrado! Motivo pelo qual lhe rendera o apelido de “Coisa Rara!”
Cinco anos se passaram.
A cidade de Maxiélius recrutava os seus soldados para lutarem contra os Máiols. Um povo cuja ambição pelo domínio de novas terras, colocava em risco a sublimidade da paz de seu país: Petróvisk.
Ao receber a ordem de seu recrutamento, o Soldado Lamas, enervou-se:
_ Não é possível, isto não pode estar acontecendo comigo!
No dia e hora aprazados, Maxiélius parou para ver seus filhos partirem para a guerra.
No despertar do patriotismo, um ceifar de esperanças...
Após terem sido transportados em helicópteros militares até as Ilhas Brannes, os soldados de Maxiélius, prosseguiram, sob o comando do Sargento Fonseca. Por dois dias eles caminharam por trilhas de difícil acesso.
Os anoiteceres traziam-lhes um cansaço visível. Somente o Soldado Lamas, mantinha o bom humor. Alguns se deleitavam com suas basbaquices. Outros se enervavam.
Passados mais quatro dias, os soldados de Maxiélius avistaram uma luxuosa casa branca, ladeada de jardins floridos e perfumados, de onde se podia ouvir por todos os lados, o chilrar dos passarinhos.
Havia indícios de que a casa estava sendo habitada. Pé ante pé, os soldados invadiram-na. Revistaram cômodo a cômodo. Na cozinha, depararam com uma senhora idosa, uma lindíssima jovem e um garotinho, o qual aparentava ter, aproximadamente, oito anos de idade. Assustado, agarrava-se à saia da jovem.
Dentre inúmeros soldados presentes, Nick, o maior amigo de Lamas, foi o incumbido para vigiar os prisioneiros.
De repente, os Máiols invadiram a casa.
Rajadas de fuzis e de metralhadoras, impiedosamente atingiram os corpos dos soldados, cravando nas paredes brancas, a mais cruenta das rubescências!... Houve baixa de ambos os lados.
Pouco depois, o Soldado Lamas avisou ao Sargento Fonseca, que o cativeiro havia sido estourado e Nick, capturado.
Documentos existentes na casa, comprovaram que os seus habitantes eram membros da família do Major Bentes: líder da Guarda Nacional dos Máiols.
A ansiedade do Soldado Lamas era notória:
_ Sargento, vamos salvar o Nick!...
_ Acalme-se, Coisa Rara! Digo, Soldado Lamas! Diz a sabedoria popular: “Por causa de um soldado, não se acaba uma guerra!”
_ Mas Sargento, o Nick não é só um soldado: Ele é meu amigo!!!
_ Calma, Lamas!... Observe este mapa. Supostamente, o Nick deve ter sido levado para a outra parte desta ilha, precisamente, a 1.500 milhas deste ponto. Neste local, há enormes penhascos, e terrenos minados. Para se chegar lá, é preciso saber pilotar, fazer vôos rasantes, ou saber manejar uma embarcação nas revoltas águas do mar. Ninguém em sã consciência tentaria resgatar alguém de lá. Seria uma tentativa inglória. Entendeu Soldado?
_ Sim, Senhor!...
No outro dia, ao longe se podia ouvir a voz energética do Sargento Fonseca, gritando:
_ Cadê o Soldado Lamas?
_ Foi resgatar o Soldado Nick, Senhor! Partiu num dos nossos helicópteros de resgate... Mas não se preocupe Senhor, ele é um excelente piloto.
_ Quem, o “Coisa Rara?!”_ perguntou o Sargento.
E o silêncio se fez resposta.
Ao chegar na outra parte da ilha, o barulho das imensas ondas marítimas, amenizaram o barulho do helicóptero. Lamas aterrizou por detrás de um velho galpão; num retalho de terra, próximo a uma mina d’água.
Cuidadosamente, arrombou uma das janelas do galpão e adentrou numa repartição repleta de caixas. Ao abrir uma delas, descobriu um arsenal e um dossiê, anexados a uma estratégia de ataque. No local, havia armamentos possantes: metralhadoras, fuzis e bombas a laser e a gás.
Numa das repartições do galpão, Lamas encontrou Nick. Este, ao avistar o amigo, começou a cantar: “Um pássaro verde se escondeu atrás dos montes, porque lá de cima da árvore, ele viu dois gorilas gigantes!”
Conforme o combinado, o número de gorilas da música, corresponderia ao número de soldados existentes no local. Era este:” O Código Lamas!”
_ Você pirou, Lamas? Como consegiu passar pelos terrenos minados?!
_ Eu não passei, Nick, eu voei!... Mas, Nick, explique-me uma coisa: Por que só havia “dois gorilas” de vigia?
_ Porque era hora de almoço, Lamas, os outros dois, tinham ido comer bananas!!!
Nick e Lamas sorriram...
Graças à determinação de um amigo, o resgate do Soldado Nick teve um desfecho feliz.
A madrugada vencia os limites da noite, quando o Soldado Lamas, ao regressar, foi severamente repreendido pelo Sargento Fonseca; por desacato às ordens de um superior, tendo por agravante, o fato de ele ter usado, indevidamente, um helicóptero de resgate do Exército de Maxiélius.
Ao regressarem, o povo queria saber:
_ Soldado Lamas, é verdade que você foi à guerra e não matou nenhum de seus inimigos?
_ Bem, eu me defendi como pude. O primeiro que atravessou o meu caminho, levou um tiro no braço; o segundo, um tiro na perna, o terceiro, uma coronhada na nuca: deixei-o desacordado. O quarto, joguei-o pela janela e ao quinto, deixei-lhe uma bela herança: dei-lhe um tiro na poupança!!!
Gargalhadas eufóricas... A empatia do povo por aquele jovem soldado era notória.
A um canto, todo jururu, o Sargento Fonseca era todo ouvidos. Em seu íntimo, admirava-lhe a ousadia, a coragem.
Dias mais tarde... Ao receber uma correspondência do Presidente Andrew, o Sargento Fonseca ficou a par da existência do dossiê dos Máiols. Colaboração fundamental para a vitória de Petróvisk.
Humildemente, na presença de populares, o Sargento Fonseca desculpou-se.
_ Soldado Lamas, há tempos, disse-lhe que a sabedoria popular, dizia: _ “Por causa de um soldado, não se acaba uma guerra!” Desculpe-me...
Sorrindo, o Soldado Lamas, respondeu:
_ Não esquenta não, Sargento, porque há milênios, esta mesma sabedoria popular nos ensina: _“Errar é humano!!!”





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