Quantas vezes nos machucamos quando um relacionamento com alguém é rompido. Quantas vezes saímos feridos de uma relação que apostemos que duraria para sempre. Mas o sonho acabou. Outra vez vêm os sintomas de carência, tristeza e solidão. Outra vez nos sentimos abandonados porque o amor que procuramos continua perdido. E um novo caminho se abre para a busca interminável ao encontro daquilo que sustentaria a nossa vida. As lembranças das pessoas que se foram, das pessoas que passaram e de uma forma e outra nos marcaram com cicatrizes que o tempo se encarregaria de apagar. Novamente nos sentimos sozinhos. Deprimidos, talvez, porque a vida que sonhamos viver ao lado daquela pessoa que escolhemos para amar parece distante de todo desejo antes idealizado. Assim, abrimo-nos a novos sonhos, os antigos desejos reaparecem e nossos olhos disfarçam procurar o amor que não sentimos viver. Depois de todas as perdas, sabemos que o sonho não terminou. Sabemos que é preciso viver outra vida. Sabemos que é preciso ter outra vida. A vida que viemos viver. A vida que uma vez sentimos em nosso oculto. Mas para que as novas ilusões não aconteçam, devemos lembrar que a outra vida que ansiamos viver não está na outra vida. Devemos saber que o amor não depende dos outros. O amor é bem mais que tudo isso que pensamos.