POR ACASO, MEU AMOR...
Por acaso, surpreendo-me com ti,
Por perto: Quem é esse
Que me olha e é tão estranho?
Porém, seu rosto... Vai ficando menos estranho...
Mesmo assim, existe uma névoa,
Que me impede de vê-lo com nitidez.
Meu Deus, o que fizeste de ti e de mim?
Nosso olhar é duro!
Já não vejo teus olhos como antes,
Não há vida nesse olhar,
Que um dia, teve a cor das águas-marinhas!
Que importa agora, tudo isso!
Não é relevante, é passado...
Que não passa mais em mim!
Eu sou, ainda, aquele mesmo
Apaixonado de sempre...
Que ainda, manda flores...
E que escrevo e falo o que sinto e penso!
Por acaso, tu é que mudaste,
Já não o vejo como antes,
Tudo ficou no passado!
Tenta esquecer-me... Deixa-me ser o que sou,
Deixa-me fluir, cantar e amar!
Deixa-me voar, como voam as borboletas azuis...
Meu destino é caminhar...
Para onde Deus quiser!
Por acaso, tu ficaste do outro lado da rua,
Ficaste à margem da minha vida,
E o meu amor agora, é outro!
Getúlio Silva 03/06/2007.
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